“Uma sensação de alívio: nunca tivemos dúvidas do evento e, sendo em Loulé, é mais uma prova daquilo que tem sido a capacidade da Associação de ser transversal em matéria territorial, no debate de ideias e de juntar num só espaço especialistas para debater o futuro da limpeza urbana”. Este foi o ponto de partida para Luís Capão, Presidente da Direção da Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU), descrever o arranque do IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana (ENLU), um evento que está a decorrer no Ria Park Hotel & Spa em Almancil, Loulé. Promovido pela ALU, este encontro é subordinado ao tema “Roadmap para cidades competitivas e atrativas”.
Criada no final de 2019, bem perto de uma crise pandémica, a ALU conseguiu, nestes três anos, “mudar a percepção pública” sobre a limpeza urbana e até a agenda política: “’Limpeza Urbana’ ou o lixo que é produzido nas cidades, a ‘competitividade’ e a ‘captação de valor acrescentado’ por via dos efeitos da Limpeza Urbana são palavras que estão no vocabulário dos decisores políticos a nível nacional”, assegura, dando como exemplo, a presença do setor em documentos como o RGGR ou o PERSU 2030: “A limpeza urbana existe nos documentos estratégicos e isso deve-se à força e capacidade que ALU foi conseguindo”.
É precisamente na forma de “governança” e de como a associação conseguiu “juntar todos os intervenientes” que a ALU se distingue: “Temos uma representatividade territorial que abrange já 18% da população portuguesa e não vamos ficar por aqui”. Para Luís Capão, a única forma que temos de dinamizar o setor é responder aos desafios em conjunto: “Penso que é isso que estamos a tentar e a conseguir fazer”.
Reconhecendo já o impacto da limpeza urbana em todos os aspetos da vida das pessoas, o presidente da ALU reforça a necessidade das políticas de gestão dos territórios integrar a limpeza urbana no planeamento e na estratégia de desenvolvimento: “Nestes dois dias, vamos ouvir os melhores e sentir-nos-emos mais inspirados”.
Por isso, o Encontro Nacional de Limpeza Urbana afirma-se já como um “fórum de aprendizagem” que conta também com abordagens das tecnologias mais avançadas: “A limpeza urbana é um fator determinante para cidades mais competitivas, para gerar mais riqueza e fixar mais cidadãos felizes: que esta associação sirva para que este setor, além de essencial, seja um setor feliz”, remata.
Nestes dois dias de Encontro, estão registadas mais de 165 entidades e mais de 400 participantes.