IST participa no maior projeto de energia de fusão nuclear do mundo
A União Europeia (UE) é um dos sete membros do ITER, que será o maior reator de fusão nuclear experimental do mundo e que está a ser construído no sul de França. Este é um projeto baseado numa “colaboração global única que visa demonstrar a viabilidade científica e tecnológica da energia de fusão para desenvolver uma fonte de energia segura, inesgotável e ambientalmente responsável”, refere o comunicado.
A Europa será o maior acionista deste empreendimento internacional contribuindo com cerca de 45% do investimento, enquanto que os outros seis membros (a China, o Japão, a Índia, a República da Coreia, a Federação da Rússia e os EUA) vão contribuir de forma equitativa com o restante valor. O ITER será o primeiro reator a manter energia de fusão por longos períodos de tempo e também a testar as tecnologias, materiais e protocolos necessários para a produção comercial deste tipo de eletricidade.
A União Europeia, através da organização Fusion for Energy (F4E), conseguiu envolver neste projeto uma rede de parceiros, incluindo o Instituto Superior Técnico (IST). Uma das principais tarefas da F4E é cooperar com a indústria, as PME e os organismos de investigação europeus no desenvolvimento e fabrico de uma vasta gama de componentes de alta tecnologia e engenharia, serviços de manutenção e de apoio para o projeto ITER.
O IST, com a colaboração dos dois laboratórios de investigação Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) e Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), participa no consórcio que recentemente ganhou um contrato de 100 milhões de euros, considerado o maior contrato de robótica realizado até à data no campo da energia de fusão nuclear. A investigação portuguesa vai assim participar na construção de sistemas manipulados remotamente para transporte e confinamento de cargas localizadas no reator e nos edifícios do ITER.