ISQ apresenta ferramentas para promover a sustentabilidade bioeconómica e reduzir o desperdício alimentar
O ISQ participou esta terça-feira no kickoff do projecto BIOMA – Soluções integradas de BIOeconomia para a Mobilização da cadeia Agroalimentar.
No âmbito deste do BIOMA, “iremos desenvolver ferramentas para avaliar e promover a sustentabilidade e a maturidade bioeconómica da cadeia-agroalimentar, recolhendo informação técnico-económica detalhada dos casos de estudo e classificando os diversos pilares de sustentabilidade, nomeadamente, vertente ambiental, económica, social e de governança. A maturidade bioeconomica estará focada essencialmente na avaliação da digitalização do sector e potencial implementação de soluções inovadoras, que adicionalmente contemplem as visões de economia circular e simbiose industrial e processual”, explica João Ribau, responsável de I&D do ISQ.
Uma ferramenta essencial que surgirá do projeto é a “plataforma que irá monitorizar e reduzir o desperdício alimentar”, através da “análise de dados recolhidos ao longo da cadeia agroalimentar”, determinando quais as “atividades e produtos que conduzem a maior desperdício”, mas também “identificar metodologias que visem reduzir os desperdícios ou transformá-los em sub-produtos necessários para outros processos”, refere o mesmo comunicado.
“Igualmente importante, será o desenvolvimento de uma solução BIOtrace para rastreabilidade remota de produtos ao longo da cadeia alimentar, nomeadamente no seu transporte e conservação, promovendo a manutenção da qualidade dos produtos”, acrescenta João Ribau.
Por fim, o ISQ irá também dinamizar o conceito BIOecosystem, nomeadamente com plataformas de “Marketplace” e “Test before invest”, onde será promovida a comunicação entre stakeholders ao longo da cadeia de valor, promoção de soluções e novos produtos e delineação de campos de teste bem como demonstração de soluções em ambiente real.
O BIOMA visa promover a adoção de soluções tecnológicas na cadeia de valor agroalimentar, reduzir o desperdício alimentar, valorizar resíduos e subprodutos agroalimentares para o desenvolvimento de produtos de base biológica, apoiar as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 (objetivos de desenvolvimento sustentável – ODS), suportar a estratégia nacional para a Bioeconomia e contribuir para a estratégia nacional e europeia de digitalização da indústria.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura (FAO), “todos os anos um terço da produção alimentar é desperdiçada no mundo”. Para contrariar este problema mundial, com impactos a vários níveis, surgiu recentemente o “Unidos Contra o Desperdício”, um movimento cívico e nacional, congregador e agregador, que une a sociedade num combate ativo e positivo ao desperdício alimentar, reforçando a importância de cada um de nós nesta luta.