A situação de seca extrema agravou-se no interior do Alentejo na primeira quinzena de julho, mas a seca severa melhorou ligeiramente, sobretudo na região Norte de Portugal continental, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). De acordo com fonte do IPMA, citada pela Lusa, 78% do território estava no fim da primeira quinzena deste mês em seca severa e extrema, um valor um pouco mais baixo do que o registado no final de junho (80%).
Para este ligeiro desagravamento da seca severa contribuiu a precipitação na região Norte, sobretudo nas zonas de Montalegre e Cabril (distrito de Vila Real).
No final de junho, quase 80% de Portugal continental estava em situação de seca severa e extrema, de acordo com o boletim climatológico do IPMA, que caracterizou aquele mês como “extremamente quente e muito seco”. O boletim de junho indica que no final do mês estava em seca severa 72,3% do território e em seca extrema 7,3%.
O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
No relatório, o Instituto classificou o mês de junho em Portugal continental como “extremamente quente e muito seco”, sendo considerado o terceiro mês mais quente desde 1931, depois de 2004 e 2005.
De acordo com o IPMA, o valor médio da temperatura máxima do ar (29,57 graus Celsius), foi o 3.º mais alto desde 1931 (o maior valor da temperatura máxima, 30,14 graus Celsius, ocorreu em 2004). “O valor médio da temperatura mínima do ar (15,10 graus Celsius) foi o 4.º mais alto desde 1931 [o valor mais alto tinha sido em 2004 com 16,36 graus Celsius]”, é referido.
Segundo o boletim, em Portugal continental, o dia 17 de junho foi o mais quente, com cerca de 85% das estações meteorológicas a registarem valores da temperatura máxima superiores a 35 graus celsius (dias muito quentes) e cerca de 50% com valores acima dos 40 graus Celsius (dias extremamente quentes).
No que diz respeito á precipitação, o mês de junho classificou-se como muito seco, com um valor médio de precipitação em Portugal continental de 9,6 milímetros, o que corresponde a 30% do valor médio.