No âmbito do projeto Life IBERLINCE, a Infraestruturas de Portugal (IP) realiza uma série de ações para prevenir a mortalidade do Lince-ibérico. No entanto sem a colaboração dos utentes das estradas essas medidas não serão eficazes, pelo que a conduta de cada um de nós no terreno contribui para uma futura conservação mais eficaz do Lince-ibérico e do seu habitat, refere em comunicado.
O atropelamento é uma das causas de mortalidade das populações de Lince-ibérico. A diminuição desta mortalidade implica intervenções especializadas nas vias asfaltadas, monitorização dos efeitos dessas intervenções, mas também a sensibilização dos utentes das estradas para o cumprimento de regras de circulação quando atravessam as zonas de reintrodução do Lince-ibérico.
A IP é responsável pela sinalização, gestão da vegetação, manutenção de passagens hidráulicas, instalação de dispositivos limitadores de velocidade e, de uma forma geral, todas as intervenções associadas à diminuição do risco de atropelamento da fauna nas estradas. A IP realiza também um programa de monitorização de atropelamentos em todas as estradas da sua rede. No entanto, sem a colaboração de quem circula nas estradas o risco de atropelamento do Lince-ibérico permanece.
Foi colocada sinalização específica nas estradas que se inserem na zona de dispersão dos linces, designadamente EN122/IC27, entre os concelhos de Mértola, Castro Verde e Alcoutim ER123, entre os concelhos de Mértola e Castro Verde e na ER267, entre os concelhos de Alcoutim e Mértola.
Assim, numa época em que estas estradas são mais procuradas, respeitar este sinal e abrandar, é essencial para a sobrevivência do Lince-ibérico. Em passeio pelo Parque Natural do Vale do Guadiana ou a caminho ou de regresso do Algarve a palavra-chave é mesmo atenção.