A Universidade do Algarve (UAlg), através do CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia, promoveu uma visita à unidade de produção de microalgas ALGAFARM, da empresa Secil, em Pataias, Alcobaça, no passado dia 6 de julho, no âmbito de mais uma edição da iniciativa CRIA LINKS. A visita, que teve como principais objetivos conhecer in loco as atividades que são desenvolvidas na unidade de produção de microalgas ALGAFARM, permitiu ainda explorar novas possibilidades de colaboração, em áreas de interesse comum, e aproximar a comunidade académica do tecido empresarial.
Atualmente, a Secil já mantém diversas colaborações com a Universidade do Algarve, mais especificamente com o Centro de Ciências do Mar. Os investigadores da UAlg ficaram a conhecer as espécies de microalgas cultivadas na unidade de Pataias, mais direcionadas para os mercados da alimentação humana e da alimentação animal, sendo produzidas com CO2 adequado para fins alimentares (food grade).
Da parte da UAlg, ficou a promessa de procurar novas espécies, que permitam alargar ao máximo o aproveitamento das microalgas, tendo em conta as diferentes áreas de mercado e de negócio. Recorde-se que a Chlorella vulgaris é uma das poucas espécies de microalgas que se encontram aprovadas pela Comunidade Europeia para ser usada como ingrediente e suplemento alimentar.
Esta unidade de produção, que é a maior do mundo, resultou de um longo processo de investigação iniciado há mais de uma década, em 2007, e atualmente produz microalgas para fins de I&D e também para fins comerciais. Desenvolve, por isso, tecnologias específicas para a produção de microalgas em grande escala e para o estudo do impacto dessas microalgas na utilização do CO2, que provém dos gases de combustão resultantes da produção de cimento.
Para a Secil, esta unidade representa um exemplo da contínua aposta da empresa na pesquisa de soluções tecnologicamente evoluídas, que permitam o desenvolvimento sustentável da indústria cimenteira portuguesa. Também para a UAlg, este tipo de iniciativas é primordial, porque representa uma abordagem diferenciada ao tecido empresarial, levando a que os seus investigadores adquiram mais conhecimento sobre o modo de organização e produção das empresas e, simultaneamente, identifiquem oportunidades de colaboração que respondam a necessidades reais das empresas.