Investigadores de três universidades do Norte irão receber o prémio ADVID que é atribuído pela Associação de Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), pelo desenvolvimento de estratégias de redução dos efeitos do calor e seca nas vinhas do Douro.
A ADVID, sediada em Vila Real, instituiu em 2007 um prémio anual para atrair investigadores de diversas áreas científicas para as especificidades técnicas, culturais e sociais da vitivinicultura da Região Demarcada do Douro.
Na sua 8.ª edição, o prémio ADVID foi atribuído à investigação que tem como tema “a aplicação exógena de caulino aumenta a capacidade antioxidante e o teor de compostos fenólicos em extratos de folhas e frutos de videira sob stresse estival”.
Este trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores das universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Porto e do Minho, tendo como objetivo “o estudo da aplicação foliar do caulino como estratégia para reduzir o impacto do calor e da seca nas vinhas do Douro”, cita a Lusa. O caulino é uma “argila inerte que dá um aspeto esbranquiçado às folhas das videiras e funciona como uma espécie de protetor solar da videira”.
A ADVID referiu que as “alterações climáticas que se têm feito sentir, como ondas de calor, altas intensidades de luz e défice hídrico, estão a tornar-se ameaças importantes em muitas áreas vitícolas de todo mundo” e que “a implementação de estratégias de mitigação económicas e eficientes é crucial para a produção de vinhos ‘premium’, mantendo-se a produtividade”.
O valor do prémio é de cinco mil euros e a cerimónia de atribuição decorrerá a 20 de abril, no parque de ciência e tecnologia – Regia Douro Park, em Vila Real.
A ADVID é uma associação privada, sem fins lucrativos, criada pelas principais empresas de vinho do Porto com o objetivo de contribuir para a modernização da viticultura do Douro e melhoria da qualidade dos vinhos.