INE: setor dos resíduos urbanos não registou “melhorias significativas” em 2014
As condições económicas de 2014, caracterizadas por um aumento moderado do PIB em volume de 0,9%, num contexto de envelhecimento demográfico, continuaram a não exercer pressões significativas sobre o ambiente, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), num relatório sobre o estado do ambiente em Portugal, publicado em dezembro de 2015.
O estado dos recursos naturais, como a água e o ar, revelou-se de boa qualidade: no índice de qualidade do ar, 70,1% dos dias monitorizados em 2014 apresentaram valores de muito bom ou bom; em 2014 o número de dias com concentrações de ozono troposférico nunca ultrapassou o valor alvo e a Região Autónoma dos Açores já atingiu a meta de longo prazo (2020).
A percentagem de água para consumo público controlada de boa qualidade atingiu os 98,4% e 73,4% das observações efetuadas em águas interiores e 95,1% em águas balneares costeiras/transição classificaram as massas de água entre “boas” e “excelentes”.
No setor dos resíduos urbanos não houve porém melhorias significativas, revela o INE, mantendo-se relativamente elevada taxa de deposição em aterro (49,0% em 2014) enquanto a importância relativa da recolha seletiva de resíduos atingiu apenas 13,6% dos resíduos.
No setor energético, o contributo das fontes renováveis atingiu 25,1% e 61,4% do consumo de energia primária e da produção de eletricidade, respetivamente.
Na Administração Pública a despesa em atividades de proteção ambiental aumentou 1,3% em 2014, mas manteve o
seu peso no PIB (0,6% do PIB) que se situa abaixo da média da UE28.