A BP Portugal diz estar habituada a oscilações legais. Mas vai contestando algumas medidas, nomeadamente a obrigatoriedade de ter combustíveis simples, medida que apelida de “insulto à inteligência dos consumidores. O presidente da BP Portugal, Pedro Oliveira, em entrevista ao Negócios, diz-se frustrado com a má imagem do setor e garante que ele é “a concorrência no seu apogeu”. Sobre o mecanismo criado para o ISP, é “uma prova de honestidade do Governo”.
“Se há coisa a que esta indústria se preparou, em particular a BP, é viver dentro de uma incerteza de quadro legal enorme. (…) O aumento do ISP é algo de que não gostamos porque encarece o produto que vendemos e tudo o que seja encarecimento será inevitavelmente refletido em menos consumo”, diz o responsável.
Quanto a este Governo, Pedro Oliveira refere: “uma característica que vejo neste secretário de Estado da Energia é que está a olhar para os temas e está a querer ouvir a indústria. Temos tido um diálogo construtivo. Há uma vontade genuína de, apesar dos constrangimentos orçamentais, ouvir e perceber a indústria”.
NO que se refere ao setor, diz que “é dos setores mais transparentes. Em que outro setor de atividade em Portugal é que o consumidor tem acesso ao preço da matéria-prima? E ao valor que é vendido na refinaria? Em que outro setor é que o consumidor final tem acesso aos preços de venda ao público de todos os postos de venda? E que com dias de antecedência sabe o preço da semana seguinte e por isso condiciona o comportamento?”