Indústria do Automóvel tem dado contributos significativos para uma mobilidade mais sustentável, diz Hélder Barata Pedro
“Adaptação a uma nova realidade. Que oportunidades para o setor?” foi o tema central do 18.º Encontro da Valorpneu que se realizou esta quarta-feira em formato online.
“O que é que vai mudar na mobilidade? Que tendências é que estão a surgir e que vão influenciar o setor dos pneus?” foram algumas das questões levantadas pelo jornalista, Pedro Pinto.
Para Hélder Barata Pedro, gerente da Valorpneu e secretário geral da ACAP (Associação do Comércio Automóvel de Portugal), a mobilidade é um “tema fundamental” nos dias de hoje, bem como para o bom “funcionamento” da sociedade e da economia: “Neste momento, 80% das deslocações são feitas através do meio automóvel: ligeiros ou pesados”.
A “evolução” da indústria automóvel, ao longos dos últimos anos, é notória e, para o responsável, tais avanços têm contribuído para a “redução das emissões”, havendo uma “maior eficácia” na totalidade dos produtos do automóvel, inclusive os pneus: “Nos últimos 12 anos, a indústria automóvel reduziu as emissões em 45%. Não há um outro setor da atividade económica com uma redução de emissões tão acentuada”. Por outro lado, e no que à economia circular diz respeito, também o setor automóvel, na sua globalidade, tem dado contributos significativos, nomeadamente, na “reciclabilidade” dos produtos colocados em circulação.
Mas a mobilidade que todos debatem está cada vez mais próxima daquela que é a “mudança de paradigma” marcada pelos “novos meios de mobilidade”, como por exemplo, o “carsharing” ou o “carpooling”. No entanto, a pandemia da Covid-19 veio atrasar a aceleração: “O transporte individual é hoje privilegiado por questões de fugir aos transportes massificados”, afirma. Mesmo assim, com a “estabilização” de todos os aspetos envolventes à pandemia, Hélder Barata Pedro acredita que a “normalidade” voltará e com ela virá um “grande desafio” ao nível da nova mobilidade: “Vamos ter carros autónomos e carros conectados”. Do ponto de vista do responsável, tratar-se-á de uma “alteração” focada no automóvel com “menos emissões” mas que será “fundamental” para mobilidade do dia-a-dia do cidadão.
Relativamente à indústria dos pneus Hélder Barata Pedro não tem dúvidas do papel fundamental que assume, não só na “evolução” ao “nível tecnológico”, como, também, naquilo que é o “contributo para a economia circular” com os “processos de fabrico mais amigos de ambiente” e, a jusante, com a “reutilização e a reciclabilidade” que promove.