Indiferenciados na cidade do Porto regista quebra de duas mil toneladas
A cidade do Porto regista, em 2021, uma taxa de reciclagem de 39,26%, voltando a crescer em relação ao ano anterior (37%) e, uma vez mais, ultrapassando a meta de 31%.
Os dados partilhados, num comunicado, pela Porto Ambiente, dão nota que, o valor médio por pessoa também aumentou, ascendendo aos 69 kg/hab.ano, números acima da meta (60kg/hab.ano).
Em termos de indicadores relevantes, destaca-se a quebra expressiva, nos indiferenciados – “menos 2 mil toneladas”, seguindo a tendência dos anos anteriores. “Valores que atestam que esta é, cada vez mais, a última opção dos munícipes que, mais conscientes, valorizam os resíduos produzidos, através do seu correto encaminhamento”, lê-se na mesma nota.
Esta quebra nos indiferenciados deve-se ao trabalho pioneiro da Porto Ambiente na recolha seletiva de resíduos orgânicos, área que tem vindo paulatinamente a crescer e que, só no ano anterior, permitiu “recolher 23% dos resíduos produzidos”. O ano 2021 foi o de implementação do projeto Orgânico, que conta já com mais de 26 500 famílias, recolhe atualmente mais de 100 toneladas por mês e que irá expandir-se ao longo de 2022, estando previsto o seu alargamento a praticamente toda a cidade até ao final de 2023.
A aposta na sensibilização e informação das populações, a par do reforço de oferta no campo da deposição, com a eliminação de pontos de deposição apenas para esta fração, são os vetores estratégicos da ação da Porto Ambiente que explicam, em larga medida, estes indicadores e colocam o Porto no restrito núcleo de cidades “Aterro 0”, enviando apenas 0,22% do total de resíduos produzidos para este destino.
Todos estes números, segundo a Porto Ambiente, traduzem o compromisso da cidade e dos portuenses em prol do ambiente que, em conjunto, só no último ano, foi possível evitar a emissão de cerca de 16.694 toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera através dos resíduos recolhidos seletivamente.
Regulador distingue acessibilidade económica e do serviço da Porto Ambiente
A facilidade de deposição, em termos de localização de equipamentos de deposição, a par da acessibilidade económica colocam a Porto Ambiente nos lugares cimeiros a nível nacional nestes indicadores, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) no seu relatório de 2021.
No que diz respeito à acessibilidade do serviço, indicador que verifica o nível de adequação do serviço ao utilizador em termos de proximidade aos equipamentos de deposição, a Porto Ambiente ocupa a segunda posição no conjunto dos municípios da área metropolitana do Porto, com 98%.
Já no capítulo da acessibilidade económica do serviço, referente à avaliação dos encargos das famílias com o serviço de gestão de resíduos urbanos, tendo por base o peso do encargo anual desta despesa no rendimento médio disponível por agregado familiar, a empresa municipal apresenta, de acordo com dados da ERSAR, a taxa mais barata do universo Lipor.
A Porto Ambiente recorda que, em linha com esses elementos e, reconhecendo a qualidade dos serviços prestados ao consumidor, a empresa recebeu a distinção da ERSAR com o Prémio de Excelência do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos, em 2021.