Através de Projetos de Eficiência Hídrica, em que as autarquias podem aplicar fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), a Indaqua quer duplicar para 40 o número de municípios em que assegura a redução de perdas de água nas redes de abastecimento. A empresa estima que, em 2026, o conjunto destes territórios poupe 10 milhões de euros e 20 mil milhões de litros de água por ano.
Atualmente, são 20 os municípios em que a empresa garante a redução eficaz da água que se perde nas redes de abastecimento, devido a fugas, roturas ou roubos. Entre os 20 municípios, estão seis concessões de gestão de abastecimento de água e águas residuais (Fafe, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde) e entidades gestoras em que a Indaqua participa como acionista (São João da Madeira) ou implementa Projetos de Eficiência Hídrica (12 municípios).
É através dos Projetos de Eficiência Hídrica, que se concretizam em contratos de prestação de serviços, que a empresa quer assim multiplicar os resultados de poupança que tem gerado para os territórios.
De acordo com um comunicado, os Projetos de Eficiência Hídrica implementados pela Indaqua, aplicando em Portugal a experiência internacional do Grupo Miya, têm uma duração de “cinco anos”, durante os quais “uma parte significativa da remuneração fica dependente do cumprimento dos objetivos de poupança traçados”. Desta forma, “é anulado o risco de investimento por parte da entidade contratante”, refere a empresa.
Tal como explica Pedro Perdigão, CEO da Indaqua, “o que fazemos é assegurar uma gestão mais eficaz das redes, recorrendo a tecnologia e equipas altamente especializadas. Deste modo, a poupança é dupla: por um lado, evita-se desperdiçar água que foi preciso comprar, tratar e transportar (o que envolve custos) e, por outro, garante-se o prolongamento da vida útil das redes, adiando o investimento mais avultado que a sua substituição representa”.
Os Projetos de Eficiência Hídrica da Indaqua enquadram-se em diversas componentes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), por promoverem as Transições Digital e Climática através, por exemplo, da implementação de sistemas de telemetria de contadores ou da redução do consumo energético associado ao transporte e tratamento da água que se deixa de desperdiçar em perdas ao longo das redes.
“Os municípios, tendo em conta o previsível agravamento das alterações climáticas e da escassez de água, vão naturalmente virar cada vez mais atenções para a gestão eficiente deste recurso. O Plano de Recuperação e Resiliência será um mecanismo importante para apoiar este tipo de iniciativas que geram significativas vantagens ambientais e económicas para os territórios”, afirma Pedro Perdigão.
Em Portugal, em 2019, as perdas de água nas redes de abastecimento (medidas pelo indicador Água Não Faturada) chegaram aos 28,8%, de acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Já a INDAQUA, na média dos sete municípios em que detém concessões, alcançou perdas de apenas 14,5% que, em 2020, foram reduzidas para 13,9%.