O Governo anunciou hoje que vai prorrogar novamente, por mais 30 dias, o prazo para as candidaturas aos apoios pelos prejuízos causados aos agricultores no incêndio de Monchique, conta a Lusa. Este é o terceiro adiamento, depois de o prazo ter sido fixado inicialmente a 30 de setembro e depois adiado para hoje.
O Ministério da Agricultura volta a justificar a decisão com “novos pedidos de prorrogação do prazo apresentados pela Câmara Municipal de Monchique, pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve e pela Cooperativa dos Agricultores de Monchique”. Os agricultores podem agora apresentar as suas candidaturas até ao dia 30 de novembro, lê-se no comunicado do Ministério.
Em causa estão cinco milhões de euros para restabelecer o potencial produtivo, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, que apoia financeiramente a fundo perdido a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio à atividade agrícola.
As freguesias afetadas são Monchique e Alferce (concelho de Monchique), Sabóia e São Teotónio (Odemira), Meixilhoeira Grande e Portimão (Portimão) e São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra e Silves (Silves).
São elegíveis os investimentos a partir de 100 euros e até 800 mil, com níveis de apoio distribuídos da seguinte forma: 100% até 5.000 euros, 85% entre 5.001 e 50.000 euros e 50% entre 50.001 e 800.000 euros.
O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado no dia 10 de agosto, deflagrou no dia 3 à tarde, em Monchique, no distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).