Os violentos incêndios em Atenas, que até ao momento fizeram pelo menos 50 mortos, são um dos mais mortíferos na Europa desde o princípio do século a par dos que se registaram em Portugal, em 2017, e também na Grécia em 2007, nota a agência Lusa.
Durante o século XX, um dos incêndios mais graves na Europa ocorreu em 1949 em França. Em junho de 2017, 64 pessoas perderam a vida e mais de 250 ficaram feridas no gigantesco incêndio florestal de Pedrógão Grande, Portugal.
No mês de outubro do ano passado um outro incêndio na região centro de Portugal fez 50 mortos e 70 feridos. Cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas foram destruídas pelas chamas no incêndio de outubro.
Em 2003, Portugal já tinha registado incêndios de grandes proporções, atingindo sobretudo o centro e o sul do país, e que provocaram 20 mortos e a destruição de 425.000 hectares de floresta. Em 1966, um fogo na floresta de Sintra, na região de Lisboa, provocou a morte a 25 militares que tentavam combater as chamas.
Em 2015, na região russa da Sibéria, um violento incêndio fez 34 vítimas mortais e destruiu mais de duas mil casas. O fogo que consumiu vastas zonas de floresta no sul da Sibéria propagou-se rapidamente tendo atingido a Mongólia e a zona de fronteira com a República Popular da China, segundo a secção russa da Greenpeace.
Cinco anos antes, entre julho e agosto de 2010, a zona ocidental da Grécia foi atingida por um incêndio que fez 60 mortos, destruindo povoações inteiras e 250 mil hectares de floresta. No mês de agosto do mesmo ano, reacendimentos fizeram 77 mortos, no Peloponeso, centro da Grécia, e na ilha de Evia. Nos incêndios de 2010, a maior parte das vítimas mortais foram habitantes de pequenas povoações que tentavam fugir dos locais cercados pelas chamas.
Em 2012, cinco pessoas acusadas de terem provocado os incêndios foram condenadas a 10 anos de prisão por um tribunal do Peloponeso: um vice-presidente da câmara, o chefe dos bombeiros local, um bombeiro voluntário e uma mulher foram considerados responsáveis pelo fogo provocado por um churrasco de cozinha.
Em agosto de 1949, no sudoeste de França (Landes), 82 pessoas morreram num incêndio florestal. A maior parte das vítimas do mais mortífero incêndio florestal do século XX na Europa eram bombeiros e militares que tentavam apagar as chamas de um fogo considerado “brutal” e que aumentou de intensidade devido aos ventos fortes que se fizeram sentir no local.