O Governo anunciou hoje a abertura de candidaturas, até final de setembro, para apoiar com cinco milhões de euros os agricultores afetados pelos incêndios de Monchique, Odemira, Portimão e Silves, visando a reposição de animais e culturas. Em comunicado, o Ministério da Agricultura informa que “estão já abertas as candidaturas aos apoios disponibilizados pelo Governo para minimizar os prejuízos sofridos pelos agricultores, na sequência do incêndio que atingiu os concelhos de Monchique, Odemira, Portimão e Silves, entre os dias 03 e 11 de agosto”.
Ao todo, estão disponíveis cinco milhões de euros “para dar resposta a prejuízos de agricultores das freguesias afetadas pelo incêndio”, visando assim “a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio à atividade agrícola”, indica a tutela.
Segundo o executivo, podem concorrer a este apoio os agricultores que tenham feito investimentos entre 100 e 800 mil euros, sendo apoiados em 100% os que aplicaram 5.000 euros, em 85% os que investiram entre 5.001 e 50.000 euros e em 50% os investimentos entre 50.001 e 800.000 euros.
“O valor do apoio resulta da soma dos valores correspondentes a cada nível e as despesas são elegíveis a partir da data da ocorrência do incêndio”, precisa a tutela.
Citado pela nota, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, explica que a medida em causa surge no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, sendo complementar ao apoio à alimentação animal, já em curso.
As candidaturas poderão ser feitas até dia 30 de setembro e abrangem os concelhos de Monchique (Alferce e Monchique), Odemira (Sabóia e São Teotónio), Portimão (Mexilhoeira Grande e Portimão) e Silves (São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra e Silves).
O incêndio rural de Monchique, que destruiu perto de 28 mil hectares, deflagrou em 03 de agosto e foi dado como dominado uma semana depois, no dia 10. Atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).