De acordo com os dados da Sociedade Ponto Verde (SPV) para 2015, o sistema de gestão de resíduos da ilha Terceira (gerido pela Teramb) praticamente estagnou a sua taxa de reciclagem de embalagens e terá reciclado pouco mais de 25% dos resíduos recicláveis, quando em 2020 tem de reciclar 50%, enquanto outras ilhas dos Açores que possuem o sistema defendido pela Quercus (Tratamento Mecânico e Biológico – TMB) atingiram valores de reciclagem da ordem dos 90%. De acordo com a Quercus, a aposta da Teramb num sistema de incineração sem ter à cabeça um processo de TMB, sistema a partir do qual se consegue reciclar uma grande parte dos materiais recicláveis que estão nos resíduos urbanos, levou a que a taxa de reciclagem esteja a estagnar na ilha Terceira, não devendo cumprir a meta de 50% em 2020 que o Governo Regional estabeleceu para autorizar a construção da unidade de incineração.
“Perante esta diferença abissal entre as metas de reciclagem a que a Teramb está obrigada e os resultados efetivos, conclui-se que com esta estratégia a Teramb nunca irá atingir as metas de reciclagem para 2020”, explica a associação ambientalista em comunicado. Por essa razão, a Quercus vem pedir uma atuação por parte do Governo Regional dos Açores no sentido de suspender o funcionamento da central de incineração até à Teramb apresentar resultados na reciclagem que dêem garantias de que irá cumprir os requisitos da sua licença para incinerar resíduos urbanos. E adianta que já Quercus, entretanto já deu conhecimento desta situação à Comissão Europeia.