A iFAMA (Plataforma Única de Inspeção e Fiscalização da Agricultura, Mar e Ambiente) foi apresentada ao público esta terça-feira. O Portal Único de Reclamações, Denúncias, Acidente e Incidente, enquadrado na medida #209 do Programa Simplex+, garante aos cidadãos a possibilidade de formalizarem queixas e denúncias nas áreas da agricultura, do mar e do ambiente, garantindo o seu encaminhamento.
A sessão contou com a participação do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, que agradeceu todo o trabalho do IGAMAOT (Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento Território) e parceiros envolvidos na construção deste projeto, não tendo dúvidas de que será dos mais relevantes que o Governo construiu. É assim um projeto pensado, claramente, nas “pessoas”, nas “instituições do Estado que têm obrigações públicas” e, naquilo que são as “condições ambientais” do país, refere. Com isto, não é, contudo, objetivo da iFAMA ter um “muro de lamentações” anónimo: “Queremos, de facto, poder ter muito mais informação. Esta plataforma é muito importante para receber comunicações, para gerir os processos, através do mecanismo de inteligência artificial que é aquele que prioriza uns processos relativamente a outros”, afirma.
Matos Fernandes reconhece que os “fenómenos de poluição” não têm a mesma dimensão que já tiveram, no entanto, um “acidente” pode acontecer a qualquer momento, pelo que a informação e os resultados analíticos são cruciais nesses momentos. A plataforma vai assim responder a muitas necessidades: “Vale muitas horas de trabalho (ao IGAMOT). Vai permitir responder mais rápido e melhor, perceber o que é que são os ciclos de poluição e quais as responsabilidades que cada entidade deve ter na fiscalização ou inspeção”, exemplifica. Além disso, acrescenta o ministro, a iFAMA vai ser uma “ótima ferramenta de fazer o bem” permitindo fazer “comparações” e, dessa forma, “aumentar a autoestima”. Outra mais- valia é que vai também permitir “concentrar informação” e criar formas de “colaborar e partilhar” a mesma, ganhando-se a capacidade para se ser “mais célere” numa situação que assim o exija, refere.
Posto isto, a iFAMA tem que ser cada vez mais “viva” a cada dia que passa: “Acredito mesmo que vamos contribuir para que os acidentes, os incidentes e as malfeitorias ambientais se reduzam bastante nos tempos mais próximos, podendo precaver porque temos essa informação, podendo agir mais depressa porque temos essa informação e trabalhar em conjunto e percebendo ao longo do tempo quem é melhor para fazer o quê”, remata.