O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em conjunto com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, levou a cabo uma ação de fiscalização, sensibilização e informação, no Parque Natural de Montesinho, no Parque Natural do Tejo Internacional, no Parque Natural da Arrábida, no Parque Natural da Serra de São Mamede e ainda nos concelhos de Alcoutim e Tavira, durante os dias 24 e 25 de maio.
A operação, dividida em três ações noturnas e cinco diurnas, decorreu de norte a sul do país com o intuito de promover a fiscalização e sensibilizar as populações locais através de uma atuação pedagógica e proativa, evidenciando a presença das entidades nos territórios e contribuindo para internalizar, nas populações, a valorização dos valores naturais. A ação envolveu as equipas de vigilantes da natureza, os elementos dos SEPNA e seis equipas cinotécnicas (GNR), num total de 174 efetivos, com 50 viaturas.
Decorrente da avaliação efetuada, o ICNF e a GNR apuraram os seguintes resultados: 372 cidadãos abordados, sete infrações detetadas, um auto notícia e 11 armadilhas apreendidas.
Citado em comunicado, o presidente do ICNF, Rogério Rodrigues, sublinhou os objetivos da operação, referindo que “a ação pretendeu fiscalizar, mas acima de tudo informar as populações numa perspetiva pedagógica e de informação que consideramos absolutamente necessária. O objetivo foi informar e sensibilizar para que os utilizadores do território sintam e tenham sensibilidade relativamente aos valores naturais do território, mas também de fiscalização para assegurar o cumprimento legal de toda a legislação nacional”, lembrando ainda a importância dos vigilantes da natureza: “São homens e mulheres que estão a defender os valores naturais no território e que podem ajudar as populações em situações críticas, pois detêm conhecimentos sobre como utilizar os meios e valores naturais. Esta grande operação musculada, primeira em todo o país com o ICNF e o SEPNA da GNR, vai ter reflexos junto da sociedade e, para nós, é muito importante que as pessoas sintam e pressintam o verdadeiro valor da natureza e que estes são os melhores agentes para a poder defender.”
A ação que teve como foco o furtivismo e as práticas ilegais de captura é a primeira de várias ações que o ICNF tem em perspetiva para o “Plano de Ações de Fiscalização 2017”, através do qual pretende assegurar o cumprimento dos diplomas legais e aumentar a perceção dos cidadãos, das empresas e das instituições, relativamente aos pressupostos legais que estão iminentemente associados à conservação da natureza e da biodiversidade e às florestas.