A Iberdrola está a investir vários milhões de euros nos municípios ligados a um dos maiores projetos hidroelétricos, desde os últimos 25 anos, a nível europeu: o Sistema Eletroprodutor do Tâmega. Parte desse investimento está já a ser concretizado através da assinatura de um conjunto de protocolos em duas grandes áreas: social e ambiental.
339 mil euros para Equipas de Intervenção Permanente
A Iberdrola vai apoiar três municípios no financiamento de uma Equipa de Intervenção Permanente nas corporações de bombeiros voluntários dos respetivos territórios. Para isso, a energética vai investir 339 mil euros, através da celebração de protocolos com as autarquias de Cabeceiras de Basto, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.
A escolha destas três corporações tem por base o facto de serem as primeiras a ser acionadas em caso de emergência nas obras do Sistema Eletroprodutor do Tâmega. Tendo em conta a dimensão do projeto, é para a Iberdrola fundamental que existam equipas de bombeiros bem dimensionadas e preparadas nestes territórios, pelo que pretende contribuir ativamente para esse objetivo.
Cada Equipa de Intervenção Permanente é constituída por cinco bombeiros, cabendo ao Comando Distrital de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil a ativação da mesma.
O primeiro dos três protocolos foi hoje assinado em Cabeceiras de Basto, com a presença do Presidente da autarquia, Francisco Alves e de representantes da Iberdrola. O mesmo acontecerá até ao final do ano nos municípios de Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.
Mais de 10 milhões de euros para flora e fauna
A Iberdrola tem ainda mais de 10 milhões de euros para aplicar em ações de compensação de fauna e flora locais, requeridas pela Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do Sistema Eletroprodutor do Tâmega.
Uma parte desse investimento vai ser implementada através da assinatura, com os cinco municípios mais afetos ao projeto, de protocolos que definem as ações a ser desenvolvidas ao longo de cinco anos.
Entre as ações protocoladas, destacam-se a gestão, recuperação e conservação de povoamentos florestais de espécies autóctones, a recuperação de florestas de ribeira e melhoria da conetividade dos cursos fluviais, a plantação de sobreiros ou o melhoramento dos ecossistemas aquáticos.
Com a participação das Câmaras Municipais na execução destas medidas compensatórias, conseguem-se outros objetivos, a somar aos de caráter biológico ou ambiental associados a cada uma delas, como por exemplo conseguir uma melhor gestão da floresta, evitar a propagação de incêndios e recuperar áreas abandonadas e ardidas, ao mesmo tempo que se promove a contratação de mão-de-obra local.
Para além de Cabeceiras de Basto, cujo protocolo foi hoje assinado, juntam-se Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Chaves e Boticas no conjunto de municípios apoiados, por serem os mais ligados à obra do Sistema Eletroprodutor do Tâmega.
No caso de Boticas, a colaboração com a Iberdrola foi assinalada a 22 de novembro, com destaque para uma medida única no concelho: a divulgação científica sobre os mexilhões-de-rio Margaritifera margaritifera, com um centro dedicado à reprodução ex-situ desta espécie, a ser desenvolvido no Parque de Natureza e Biodiversidade de Boticas.
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega
O Sistema Eletroprodutor do Tâmega engloba a construção de três aproveitamentos hidroelétricos – Alto Tâmega, Daivões e Gouvães. Neste momento, perto do 40% da obra está concretizada, seguindo o programa previsto.
Em volta deste projeto, que envolve um investimento de mais de 1.500 milhões de euros, estão a ser desenvolvidas ações de cooperação com sete municípios – Cabeceiras de Basto, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Montalegre, Chaves e Valpaços – com quem a Iberdrola tem colaborado desde o início das obras, em 2014.