“As redes de próxima geração móvel serão essenciais para impulsionar a transição climática da Europa e melhorar as condições de trabalho após a pandemia de Covid-19”. A declaração é de Abraham Liu, Chief Representative da Huawei na União Europeia (UE) e vice-presidente da multinacional para a Europa, que falou no 30.º Digital Business Congress da APDC, realizado em Lisboa e transmitido online, segundo uma nota divulgada à imprensa.
Na perspetiva do responsável da Huawei, “há um lado humano no 5G – na verdade, um lado muito humano: com soluções aplicadas ao 5G, as condições de segurança podem aumentar em larga escala”. Para suportar esta sua visão, Abraham Liu deu como exemplo o facto de, com a implementação da quinta geração móvel em áreas como a indústria de mineração ou os portos, “a qualidade dos trabalhos efectuados – e consequentemente a produtividade – poder melhorar de forma substancial”. Isto porque, explicou Abraham Liu, no painel moderado pelo jornalista João Adelino Faria, subordinado ao tema “5G-Powered Digital Economy”, e no qual partilhou ideias com representantes de outros fabricantes mundiais, “tal permitirá que os colaboradores tirem partido de procedimentos automatizados, ao invés de serem sujeitos a acções repetidas e desconfortáveis durante longos períodos de tempo, ou até mesmo a terem que se expor a situações de alto risco”.
Utilizando como paradigma a fábrica da Huawei de desenvolvimento de dispositivos móveis, localizada em Shenzhen, na China, e inaugurada há dois anos, onde já implementaram a tecnologia 5G, Abraham Liu também aproveitou a ocasião para destacar o que entende como “as quatro economias do 5G”, salientando que “as soluções wireless 5G poupam energia, custos e espaço (reduzindo as necessidades de cablagem no setor industrial, por exemplo) e, o mais importante, tempo (graças à alta velocidade redes)”, lê-se no comunicado divulgado pela Huawei.
Assumindo-se a Huawei como um parceiro de confiança na Europa ao longo dos últimos 20 anos, a multinacional acredita que um lançamento 5G “rápido e eficiente, que inclui as melhores tecnologias disponíveis, trará uma infinidade de oportunidades para cidadãos e empresas europeias, assim impulsionando a necessária e urgente transição climática”, sublinhou o responsável, ainda acrescentando que uma oportuna implantação do 5G “contribuirá para cumprir os objetivos do Green Deal da UE”. Segundo Abraham Liu, “não apenas se prevê que o 5G reduza as emissões de CO2 em 85% (por unidade de dados transmitidos) em comparação com as redes 2G-4G actuais, mas também é expectável que a quinta geração móvel torne muitas outras áreas socioeconómicas mais verdes, como a agricultura (permitindo uma gestão mais eficiente da água, por exemplo) ou a indústria, ao reduzir-se a pegada ecológica das fábricas do futuro”.
No final da sua intervenção, o vice-presidente para a Europa da Huawei deixou ainda um alerta: “Estas metas só podem ser alcançadas com colaboração, cooperação e standards globais. Com a ambição de governos com visão de futuro e com uma abordagem diversificada para a implantação do 5G, respeitando sempre o princípio da não discriminação da UE, uniremos esforços para garantir que todos os cidadãos europeus beneficiem das tecnologias da próxima geração o mais rapidamente possível, para que ninguém seja deixado para trás na era digital”.