Hora do Planeta volta a apagar luzes de cidades e monumentos em todo mundo
Promovida pela organização internacional WWF, a 10ª edição da Hora do Planeta “pretende encorajar as pessoas a participarem numa plataforma de ação climática, a apoiarem a iniciativa e, no sábado, dia 19 de março, quando se celebra a Hora do Planeta este ano, das 20:30 às 21:30, a desligarem as luzes simbolicamente”, resumiu à agência Lusa Angela Morgado. A responsável pela WWF Portugal realçou que o objetivo também é que, as pessoas, “no seu dia a dia, tenham comportamentos que ajudem a combater as alterações climáticas e sejam mais sustentáveis”.
Com o mote “ajuda a alterar as alterações climáticas” (‘change climate change’, em inglês), a iniciativa pretende sensibilizar para a necessidade de adotar comportamentos mais sustentáveis para tentar travar as mudanças do clima.
As alterações climáticas levam ao aumento da frequência de fenómenos extremos, como ondas de calor e seca, e a elevadas quantidades de chuva concentradas em pouco tempo, cheias e inundações.
“Todos os dias podemos fazer coisas diferentes melhores para o ambiente, em termos de gastos de energia, utilização de recursos, gastos de água, no sentido de melhorarmos a nossa sustentabilidade diária”, inumerou Angela Morgado.
Este ano, a Hora do Planeta é marcada pela realização de um evento diferente, um espetáculo à luz de velas com as cantoras Carminho e Sara Tavares, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, numa data que coincide com o Dia do Pai. Uma parte do valor pago pelos bilhetes para o espetáculo, entre 12,5 e 20 euros, reverte a favor da ação da WWF em Portugal, que se centra principalmente na conservação da floresta e dos ecossistemas marinhos, com promoção do consumo sustentável, e alterações climáticas. A WWF pediu aos proprietários dos edifícios da Praça do Marquês de Pombal, como hotéis e outras empresas, que apagassem as luzes naquela hora.
Já são mais de 80 as cidades portuguesas a aderir à Hora do Planeta e “o número total deverá ser idêntico àquele dos últimos dois anos, com 100 ou mais cidades e vilas portuguesas”, avançou a responsável da WWF.
As localidades vão desligar as luzes de monumentos emblemáticos, uma forma simbólica de marcar a Hora do Planeta, e comprometem-se a passar a mensagem baseada na necessidade de alterar o atual modo de vida.
Mosteiro dos Jerónimos, Cristo Rei, Torre de Belém, Palácio Nacional da Pena, Palácio Nacional de Sintra, Palácio de Monserrate, Castelo de S. Jorge, Museu da Eletricidade, Muralhas de Miranda do Douro, Castelo de Porto de Mós, Monumento dos ex-Combatentes do Ultramar de Santa Comba Dão, Castelo e Igreja dos Agostinhos, em Vila Viçosa, Muralhas de Serpa, Ponte de São Roque e Torre de Menagem, em Chaves, ou Mosteiro de S. Dinis, em Odivelas, são alguns dos monumentos que vão estar às escuras no sábado.
No mundo, este ano é novamente esperado que a Hora do Planeta atinja recordes, com 178 países e territórios a aderir, mais sete mil cidades do que no ano anterior.