Hong Kong quer “eliminar gradualmente todos os veículos comerciais e públicos de combustíveis fósseis nos próximos 10 a 20 anos” e substituí-los por “modelos elétricos, de forma a melhorar a qualidade do ar”, noticiou a Agência Lusa.
Em entrevista ao jornal South China Morning Post, o secretário do Meio Ambiente, Wong Kam-sing, afirmou que o Governo vai fornecer espaços públicos e antigas propriedades no valor de dois mil milhões de dólares de Hong Kong (230 milhões de euros) para atualizar os estacionamentos para o carregamento de veículos elétricos (VE). “Quando o mercado de VE estiver mais maduro, estaremos preparados. Não seremos capazes de atender à procura se não agirmos agora”, disse.
Estes estacionamentos para carregamento de veículos elétricos deverão cobrir 60 mil carros em toda a cidade. Daqui a três anos, um quarto de todos os lugares de estacionamento em Hong Kong deve ser compatível com o carregamento de veículos elétricos, acrescentou o responsável pelas políticas ambientais da antiga colónia britânica.
Em agosto, de acordo com o South China Morning Post, havia 12.195 veículos elétricos aprovados para uso rodoviário em Hong Kong. No mesmo mês em 2010, existiam apenas 100. Os 12.195 veículos elétricos representam 1,8% dos carros particulares na cidade. Em Pequim, por exemplo, nota o jornal de Hong Kong, essa percentagem é de 2%. Estes números contrastam com Shenzhen, a poucos quilómetros de Macau, uma das mais importantes cidades chinesas e o centro tecnológico do país. Esta cidade, vizinha de Hong Kong, atingiu no início deste ano um novo marco ambiental: ter uma frota de táxis composta quase totalmente por carros elétricos. Desde o início do ano, 99% dos 21.689 táxis que operam na cidade são alimentados a energia elétrica.