O presidente francês, François Hollande, considerou que para a Cimeira do Clima ser considerada um êxito, o acordo deve fixar “uma trajetória que evite um aquecimento global superior a dois graus centígrados até ao final do século”. “Com um aquecimento de dois a três graus, as catástrofes multiplicam-se. Acima dos quatro graus, o planeta vai sufocar”, alertou Hollande, numa entrevista publicada hoje pelo jornal “20 Minutes”, coincidindo com o arranque da COP21.
O chefe de Estado sublinhou que os compromissos nacionais sobre a redução de emissões de efeito estufa levariam ao aquecimento “sensivelmente acima dos dois graus centígrados” e isso “não é aceitável”. Nesse sentido, “é indispensável que os compromissos dos países sejam revistos periodicamente”.
Hollande considerou, ainda, ser necessário conseguir “abundantes financiamentos para permitir investimentos nos países mais vulneráveis às alterações climáticas”.
O presidente francês, anfitrião da cimeira, sublinhou que se a conferência fracassar, a responsabilidade será de “todos os países do mundo e, em particular, dos maiores emissores de dióxido de carbono”.