Hoje em dia a sustentabilidade está presente em quase todas as questões relevantes da Ancor: “A preocupação com estes temas começa com sensibilização interna das equipas, mas está estrategicamente presente em todas as áreas da empresa, desde a área produtiva, passando pela logística ou pelo desenvolvimento de produto”, assegura Francisco Correia, gerente da empresa, que tem como “core business”, o desenvolvimento e produção de produtos de papel e cartão para o setor da papelaria.
O facto de o papel e o cartão serem uma das matérias-primas mais sustentáveis do planeta – “têm uma aptidão invulgar para serem reciclados ciclicamente dando sucessivamente corpo a diversos produtos até esgotarem a sua capacidade de “regeneração”, isto para além de serem biodegradáveis” – é motivo para que, desde muito cedo, a Ancor integrasse medidas que reduzissem o impacto no meio-ambiente. Por exemplo, “a erradicação nos nossos processos dos produtos que pudessem apresentar riscos ambientais”, a “recolha seletiva de resíduos tendo em vista a sua valorização”, bem como a “implementação de políticas tendo em vista a redução do desperdício”. Neste âmbito, a empresa foi, ainda, uma das primeiras produtoras de papelaria da península ibérica a obter “certificação FSC” e, desde há muitos anos, que produz todas as suas coleções de moda escolar com a “certificação FSC mix”. Aliás, “na próxima campanha de regresso às aulas vamos reforçar a nossa oferta de produtos sustentáveis alargando a gama de produtos da nossa linha Ecologique by Ancor que tem a certificação FSC recycled”, destaca.
Para além do papel e do cartão, a Ancor está agora a trabalhar no sentido de oferecer soluções de produtos que sejam uma resposta ativa para a melhoria da sustentabilidade: “São disso um exemplo as embalagens de luxo que desenvolvemos e fabricamos na nossa divisão de packaging ou os conceitos com certificação FSC recycled que garantem que todos os produtos de origem florestal são integralmente reciclados”.
Relativamente a outras ações e iniciativas que estão em cima da mesa, o responsável destaca o Projeto Integrado de Melhoria de Eficiência Energética e do Aumento de Produtividade, que visa dar resposta aos dois desígnios principais da empresa no médio prazo e, ao mesmo tempo, ao economia portuguesa como um todo: “A melhoria da produtividade global superando o “gap” que nos separa dos países mais produtivos”; e a “sustentabilidade”.
Apesar de todas as questões ambientais serem uma realidade na Ancor, Francisco Correia não deixa de partilhar alguns desafios que condiciona a empresa a ser mais verde, nomeadamente as questões de “âmbito cultural” e de “custos de adaptação”. Ainda assim, o gerente acredita que já há evoluções nesse sentido: “Refiro-me ais incentivos que hoje encontramos para avançar”.
Apesar dos desafios que dificultam a Ancor a ser mais verde, como as questões de “âmbito cultural” e de “custos de adaptação”, Francisco Correia considera que, atualmente, o ambiente geral que se vive à volta das questões ambientais e da sustentabilidade é cada vez mais positivo: “Onde antes se deparavam problemas ou entraves hoje encontramos incentivos para avançar”.
Quando se fala na década de 2030 como a mais importante, o responsável corrobora, sustentando que a mesma deve focar-se no sentido de criarem “condições de base” para a resolução com um carácter duradouro dos problemas resultantes da ação humana sobre o planeta: “A economia global terá de ampliar as soluções já encontradas e procurar novas possibilidades para financiar e concretizar a imprescindível transição energética e a implementação de uma economia circular e sustentável”.