O Zoo Santo Inácio volta a ser presenteado com o nascimento de uma espécie em vias de extinção, um hipopótamo-pigmeu, que se encontra em perigo de desaparecimento devido à desflorestação e caça intensiva. A partir desta terça-feira, o novo membro da família já pode ser avistado pelos visitantes no seu habitat.
A espécie está inserida no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), pelo que o nascimento desta cria do sexo masculino se revela fundamental para a continuidade e conservação da espécie à escala global, considerando que apenas um em cada 10 nascimentos resultam em machos.
Teresa Guedes, diretora do Zoo Santo Inácio, explica que “este nascimento é particularmente especial para todos nós. Estima-se que existam menos de 2.500 hipopótamos-pigmeu em todo o mundo, estando a espécie classificada como Em Perigo, pelo IUCN. Cada nova vida representa uma oportunidade para garantir o futuro da espécie e mostra que estamos no caminho certo no compromisso que assumimos com a conservação das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção”.
Os números de hipopótamos-pigmeus continuam a descer no seu local de origem (Libéria e Costa do Marfim), especialmente devido à desflorestação, onde as florestas da sua área de distribuição histórica são constantemente exploradas, cultivadas, convertidas em plantações (borracha, café e óleo de palma) e colonizadas. A floresta que resta está fragmentada, deixando as populações de hipopótamos pigmeus isoladas, com consequências demográficas e a maior suscetibilidade de pequenas populações à extinção local.
Após 188 dias de gestação, a cria do sexo masculino nasceu a 13 de fevereiro, com um peso aproximado de 7.4 kg e, passado um mês, já pesava 18kg. Filho de Romina e Kibwana, o novo elemento da família chama-se Roki e, até à data, esteve na sua recolha para receber os cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida, assim como também adaptar-se à vida na água, característica desta espécie.
Esta é a quarta cria deste casal reprodutor, desempenhando um papel muito importante no Programa EEP. À data, sabe-se que a Romina e o Kibwana já foram avós de pelo menos dois animais noutros parques zoológicos.
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