O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, garantiu ontem, na Lousã, distrito de Coimbra, que no próximo ano os dois helicópteros Kamov do Estado português que se encontram avariados vão estar operacionais, diz a Lusa.
Segundo o governante, que falava aos jornalistas à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2017, uma equipa especializada da empresa russa Kamov vai deslocar-se a Portugal para “fazer um caderno exaustivo das necessidades que os helicópteros têm”.
“Será depois disso que abriremos um concurso para a reparação dos dois aparelhos, que, segundo as orientações que temos, demorará quatro meses”, disse. Estes dois Kamov inoperacionais já não integraram o dispositivo de combate a incêndios de 2015 e 2016. Dos seis Kamov que compõem a frota do Estado, apenas três estão atualmente aptos para voar, estando dois inoperacionais e outro acidentado, desde 2012.
Jorge Gomes explicou que para reparar os dois helicópteros pesados foi necessário um parecer jurídico do Ministério da Administração Interna, após uma abordagem à embaixada da Rússia. A verba para a reparação dos dois Kamov está prevista no orçamento da ANPC, sendo de cerca de 10 milhões de euros.
Os meios aéreos vão ser reforçados com mais um helicóptero para ações de coordenação aérea e reconhecimento, que ajude no posicionamento do ataque aéreo e dos meios terrestres. O dispositivo deste ano conta também com a integração de uma força com 1.380 militares, que receberam formação específica para participar nas ações de rescaldo e vigilância do rescaldo, de forma a libertar os bombeiros para outras operações.