A Helexia instalou na cobertura da Gresart uma central fotovoltaica em regime de autoconsumo com uma potência de 1.886 kWp. A parceria assinada, recentemente, vai permitir à Gresart, através da central fotovoltaica, produzir anualmente 2.765 MWh de energia limpa e renovável, evitando a emissão anual de 1.244 toneladas de gases com efeito de estufa, o equivalente à plantação anual de 32 mil árvores.
Em entrevista à Ambiente Magazine, Luís Pinho, diretor geral da Helexia Portugal e Brasil, explica que todos os trabalhos, bem como os processos administrativos são coordenados pela Helexia, que após a entrada em operação fará também toda a operação e manutenção e gestão da produção: “Todo o investimento foi realizado pela Helexia, que será remunerada pela Gresart ao longo do período contratual” de 15 anos.
Para além da instalação da Central Fotovoltaica, o projeto deu origem à “substituição da cobertura de fibrocimento (contendo amianto)” por uma “cobertura em painel sandwich”, promovendo uma “melhoria da qualidade de vida e de trabalho dos colaboradores”, passando a ter uma cobertura termicamente mais eficiente: “Considerando o ciclo de vida entre 25 a 30 anos deste projeto, a pegada ambiental é um contributo importante para a transição energética”, refere.
Com um investimento a rondar os 2,2 milhões de euros, toda a execução da obra está terminada: “ Neste momento está a decorrer o processo administrativo para emissão de Licença de Exploração”.
[blockquote style=”2″]Transição energética é a razão da existência da Helexia[/blockquote]
No âmbito da transição energética, a Helexia tem em curso vários projetos: “Na área de fotovoltaico, temos em carteira para entrar brevemente em construção cerca de 20 projetos”. Também, a mobilidade elétrica, a eficiência energética e a gestão de energia, são áreas de extrema importância para a empresa: “Estamos a desenvolver um portfólio interessante e considerável”, declara.
Para Luís Pinho, a transição energética é a “razão da existência” da Helexia: “Promover localmente a produção e autoconsumo de energia de fontes renováveis e fomentar uma mais eficiente e racional utilização de energia”. Por isso, “desenvolvemos os nossos projetos sempre com foco no binómio Ecologia e Economia”, de forma a que “sejam efetivamente sustentáveis e, cada um deles, um agente efetivo na e para a transição energética”, sustenta.
No que diz respeito ao futuro, apesar das dificuldades circunstanciais da atual situação pandémica, o diretor-geral da Helexia Portugal e Brasil assegura que a empresa está focada em “consolidar a posição como parceiro de referência no autoconsumo fotovoltaico e na mobilidade elétrica”, para os grandes consumidores de energia, sejam indústrias, serviços ou retalho. E, nesta área de produção de energia, estimam atingir os 35MWp no fim de 2021: “Queremos afirmar-nos cada vez mais na área da Gestão de Energia e Eficiência Energética, onde estamos a apostar mais ativamente desde o início do ano”, remata.