A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) produziu 3.433.504 megawatts/hora no primeiro trimestre deste ano, ultrapassando em 1,61% a meta da produção planificada, anunciou a companhia, segundo avança a “Lusa”.
A HCB afirma em comunicado que a atividade da barragem foi condiciona pela fraca precipitação registada na época chuvosa 2017/2018. “A época chuvosa 2017/2018 teve precipitação abaixo das expetativas na bacia do Zambeze, resultando em 15 de abril na cota de 320,04 metros, cerca de quatro metros abaixo do que seria o desejável”, refere a nota.
Devido à prevalência de restrições impostas pelas condições hidrológicas, a produção de energia continuará a realizar-se com base em quatro grupos geradores, mantendo-se a observação e análise da informação meteorológica e hidrológica para eventuais ajustamentos. “Perante a situação acima referida, será tomada a oportunidade para acelerar a implementação de um programa seletivo de investimento de reposição e modernização”, diz-se no comunicado. O país tem sido afetado por uma seca severa, obrigando a restrições na utilização da água.
Na semana passada, a HCB anunciou ter sofrido prejuízos de um milhão de dólares (811 mil euros), devido à interrupção no fornecimento de energia no centro e norte de Moçambique. O administrador-técnico da empresa, Moisés Machava, disse que que o corte, verificado na terça-feira, afetou o fornecimento de energia aos clientes da HCB, nomeadamente a Electricidade de Moçambique (EDM), ESKOM, da África do Sul, e ZESA, do Zimbabué. O apagão foi provocado por uma intervenção técnica na central de produção elétrica da barragem de Cahora Bassa e durou cerca de cinco horas.