Falta menos de um mês para o anúncio da cidade vencedora do título de Capital Verde Europeia 2026 e Guimarães mantém-se confiante na sua candidatura. Após ter sido selecionada para a shortlist, a cidade continua a demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade, sendo uma das três finalistas, ao lado de Heilbronn (Alemanha) e Klagenfurt (Áustria). O vencedor será revelado no dia 27 de novembro.
Recorde-se que o painel responsável pela avaliação das candidaturas a Capital Verde Europeia 2026, composto por sete especialistas independentes, destacou Guimarães pelo seu desempenho excecional em sete parâmetros ambientais: “qualidade do ar”; “ruído”; “água”; “biodiversidade, áreas verdes e uso do solo”; “resíduos e economia circular”; “alterações climáticas: mitigação; e “alterações climáticas: adaptação”.
Nesta fase da candidatura para Capital Verde Europeia 2026, as cidades finalistas apresentarão a sua estratégia de comunicação e o plano de ação que será implementado caso vençam o título. Para além de um troféu, a cidade vencedora receberá um prémio de 600 mil euros para apoiar ações em áreas-chave de sustentabilidade e envolver os cidadãos em eventos de sensibilização.
Compromisso contínuo com a sustentabilidade ambiental
Guimarães chega novamente – e pela segunda vez consecutiva – à fase final da Capital Verde Europeia, com uma candidatura composta por um amplo portfólio de iniciativas ambientais que já valeram reconhecimento internacional. A título de exemplo, refira-se que o município vimaranense é uma das 100 cidades europeias comprometidas com a neutralidade climática até 2030, evidenciando um esforço conjunto entre a comunidade local, o setor privado, a academia e a administração municipal. Este compromisso reflete-se no Plano Estratégico e Ecossistema de Governação Guimarães 2030, que promove uma gestão ambiental integrada e multidisciplinar, envolvendo vários setores da sociedade.
A cidade tem sido pioneira, inspirando mesmo outras comunidades europeias, na implementação de uma gestão eficiente de resíduos, através da estratégia RRRCICLO e do sistema PAYT (Pay-As-You-Throw), que incentivam a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, promovendo, assim, a economia circular. Adicionalmente, a cidade investiu em soluções inovadoras de reutilização de água, como o aproveitamento da água das piscinas municipais para a lavagem de ruas. Refira-se, ainda, a criação de estações de água públicas e a redução de perdas na rede de abastecimento como medidas fundamentais no compromisso de Guimarães com a eficiência hídrica.
A biodiversidade e a qualidade de vida também estão no centro da estratégia de desenvolvimento sustentável da cidade. O aumento da cobertura arbórea e a criação de um Gabinete de Gestão de Arvoredo são exemplos dos esforços de Guimarães em valorizar os seus espaços verdes. Estas e outras medidas, que já valeram ao município, por exemplo, o reconhecimento dos Green Flag Awards, atribuídos ao Jardim do Monte Latito e ao Parque da Cidade, têm contribuído para a melhoria da qualidade do ar e da regulação do clima.
A educação ambiental é outra área fundamental e que está no centro desta candidatura. Através do Laboratório da Paisagem e do programa PEGADAS, Guimarães tem promovido a sensibilização para questões ambientais, incentivando comportamentos mais sustentáveis entre os cidadãos e as escolas. Este compromisso reflete-se ainda em projetos inovadores como o Desporto Carbono Zero e o Bairro C, iniciativas que visam a descarbonização e a criação de comunidades sustentáveis.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, sublinha: “Guimarães tem demonstrado resultados tangíveis, como a redução da pegada de carbono, a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes e a criação de emprego sustentável. Estes avanços mostram que é possível conciliar o crescimento económico com a proteção ambiental. Com o anúncio da Capital Verde Europeia 2026 cada vez mais próximo, Guimarães pretende consolidar os progressos já alcançados e continuar a transformar-se numa cidade mais verde, justa e resiliente para as gerações futuras”.