Foram anunciadas, esta quinta-feia, 20 de julho, as três finalistas – de entre 10 cidades candidatas – ao prémio Capital Verde Europeia 2025. Guimarães junta-se assim a Graz (Áustria) e Vilnius (Lituânia) na reta final da corrida, que terminará em Tallinn, na Estónia – Capital Verde Europeia 2023 –, com o anúncio, a 5 de outubro, do resultado final da competição.
Num comunicado, o Município relembra que, antes da decisão final, cada uma das cidades finalistas terá de se apresentar a um painel de jurados para dar a conhecer a sua visão de sustentabilidade e estratégia de governança e de comunicação, caso venha a ser a escolhida para Capital Verde 2025. A cidade vencedora receberá 600 mil euros para implementar a sua estratégia e incentivar cidadãos e stakeholders a desempenhar um papel ativo no desenvolvimento sustentável dos centros urbanos. O apoio financeiro e a atribuição do título Capital Verde Europeia visam premiar as conquistas das cidades mais sustentáveis da Europa, após uma avaliação baseada em sete indicadores: qualidade do ar, qualidade da água, biodiversidade e uso sustentável do território, desperdício e economia circular, poluição sonora, mitigação das alterações climáticas e adaptação às alterações climáticas.
Caminho para a sustentabilidade
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, relembra que o caminho da sustentabilidade ambiental começou já em 2013: “Foi o grande desafio que abraçámos até hoje – proteger a biodiversidade, propor uma economia baseada nos princípios da ecologia, aumentar as áreas verdes, limpar os rios, melhorar a qualidade da água e do ar, investir numa mobilidade mais suave e descarbonizada e em territórios e comunidades com uma consistente consciência ecológica. E tudo isto com o desenvolvimento, com as empresas, com a cultura, com as escolas, com as juntas de freguesia”. O autarca felicita o reconhecimento atribuído a um “trabalho coletivo, inovador, bem explicado”, reforçando a necessidade de continuar este caminho e de mostrar “que Guimarães é uma cidade inspiradora para a ação das cidades nas políticas ambientais”.
“Guimarães é uma cidade que pensa, que se foca e que cria condições para a realização dos seus objetivos”, afirma Adelina Pinto, vice-presidente do Município de Guimarães e vereadora responsável pela candidatura a Capital Verde Europeia. A também presidente do Laboratório da Paisagem recorda que “a criação do Laboratório da Paisagem, em 2014, um espaço dedicado ao Ambiente, que alia investigação, educação e intervenção no território, permitiu um caminho inovador, assente na investigação, um caminho educador, assente no PEGADAS e na educação ambiental e um caminho de intervenção direta no território, juntamente com as associações, com as juntas de freguesia, com as Brigadas Verdes e com as empresas”.
No anúncio das três cidades finalistas, Virginijus Sinkevičius, Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pescas, sublinha que “as cidades são essenciais para fazer frente a uma crise tripla de alterações climáticas, poluição e perda de biodiversidade”. O Comissário aproveitou, ainda, para felicitar as cidades finalistas, descrevendo-as como “pioneiras e a prova de que é possível ser sustentável e oferecer uma maior qualidade de vida, gerando espaço para a biodiversidade e construindo resiliência face aos efeitos das alterações climáticas”.
No mesmo comunicado, o Município recorda que este reconhecimento surge depois de, em 2017, Guimarães ter alcançado o quinto lugar na disputa pelo título. A candidatura apresentada este ano, coordenada pelo Laboratório da Paisagem, destaca a importância de um modelo de governança integrador e multidisciplinar – Ecossistema de Governança 2030 –, assente no compromisso com a neutralidade climática, com a educação e sensibilização ambiental e com a preservação da biodiversidade. Em caso de vitória, Guimarães tornar-se-ia a segunda cidade portuguesa premiada, depois de Lisboa ter recebido o título em 2020.
Foto: Guimarães