Guimarães foi reconhecida pelo CDP – Carbon Disclosure Project como uma das 119 cidades líderes mundiais na ação e transparência ambiental, recebendo a classificação A, a mais alta, que se destina às cidades que adotam quatro vezes mais medidas de mitigação e adaptação.
Este ano, mais de 900 cidades receberam uma pontuação da organização pela sua ação climática, mas apenas 13% receberam a classificação máxima. Para obter esta pontuação, as cidades precisam de divulgar os seus dados publicamente, possuir um inventário de emissões na escala comunitária e ter difundido um plano de ação climática. Além disso, têm de realizar uma avaliação completa de riscos e vulnerabilidade climática e ter uma meta de adaptação para demonstrar como irão lidar com perigos já detetados e esperados. Muitas das cidades inseridas na Lista A do CDP adotam, ainda, um conjunto de outras ações de liderança, incluindo o empenho político em lidar com as alterações climáticas.
O município, que é candidato a Capital Verde Europeia 2026, tem em curso diversos projetos ambientais no território, e é o único representante nacional a participar no programa Pilot Cities, no qual 53 cidades europeias vão testar, ao longo de dois anos, abordagens inovadoras, em direção à transição climática urbana. Já a iniciativa pioneira “Guimarães Desporto Carbono Zero” irá envolver 55 clubes do concelho, e mais de sete mil atletas federados, das mais diversas modalidades, com o objetivo de garantir a neutralidade carbónica até 2030.
Outra das iniciativas ambientais promovidas por Guimarães é o projeto RRRCICLO (Economia Circular), que permitiu a transformação de resíduos têxteis pós-consumo e resíduos de máscaras em objetos de uso quotidiano, nomeadamente cabides (5.000), suportes de telemóvel (2.000), sacos (800) e mantas (140), para distribuição a abrigos animais, diferentes associações de comerciantes locais, assim como instituições de ensino. Também a participação no projeto MUFPP (Milan Urban Food Policy Pact) reforça o envolvimento da autarquia no desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis, inclusivos, resilientes, seguros e diversificados, que forneçam alimentos saudáveis e acessíveis a todas as pessoas, minimizando o desperdício e conservando a biodiversidade.
“O empenho político das cidades é fundamental para combater as alterações climáticas e construir um futuro verde. Esta ação tem, contudo, de ser mais profunda e rápida, exigindo, por isso, a cooperação de diferentes regiões e entidades para conseguirmos resultados a nível local, nacional e global”, afirmou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.