Guimarães é “cidade-piloto” em programa europeu de ação climática
Guimarães está entre as 53 cidades europeias que participarão, ao longo de dois anos, no programa “Pilot Cities”. O objetivo é produzir um campo de teste para abordagens inovadoras em direção à transição climática urbana. A cidade vimaranense é a única representante portuguesa selecionada para participar no programa.
“A iniciativa é promovida pelo «NetZeroCities», um projeto-consórcio de 33 parceiros europeus que apoia, através da plataforma «EU Cities Mission», 112 cidades europeias na redução das emissões de gases com efeito de estufa”, explica o Município de Guimarães, num comunicado enviado à imprensa.
A iniciativa contou com 103 candidaturas, envolvendo um total de 159 cidades e 33 países da União Europeia, ou associados ao programa-quadro comunitário Horizon 2020 para a pesquisa e inovação. No final, foram selecionadas 25 candidaturas, correspondentes a 53 cidades.
Assim, Guimarães, juntamente com as outras “cidades-piloto”, terá a oportunidade de implementar ações sistémicas, localmente desenhadas e transversais a diversas áreas de atuação, desde energia térmica a gestão de resíduos, uso do solo, eletricidade e edifícios, processos industriais e mobilidade e transportes.
As ações desenvolvidas no âmbito do programa serão apoiadas por bolsas do projeto “NetZeroCities” financiadas pelo Horizon 2020 no valor de 32 milhões de euros.
O programa “Pilot Cities” desempenha um papel crucial no alcance das metas definidas pela plataforma “EU Cities Mission”: a neutralidade climática de 112 cidades europeias até 2030. Segundo afirma a organização do “NetZeroCities”, a iniciativa “representa o início de uma jornada mais longa em direção à neutralidade climática, que vai transformar cidades e uni-las em torno de uma visão partilhada para uma transição climática justa”.
“Distrito C: Compromisso de Carbono Zero” é o projeto apresentado pela autarquia de Guimarães, que visa uma abordagem integrada nos domínios da energia, mobilidade, resíduos e uso do solo. A peça-chave é um Pacto do Cidadão para a neutralidade e processos de cocriação, tornando assim possível a atuação em todos os domínios de emissões.
O projeto promoverá um forte envolvimento dos cidadãos e a descarbonização através, entre outros pontos, da promoção da utilização dos transportes públicos, da eficiência energética e da produção local de energia renovável, nomeadamente, em edifícios históricos e de estratégias de economia circular.