O sistema inovador de recolha de lixo em que o utilizador só paga o que produz vai ser alargado a todo o concelho de Guimarães até 2028, adianta o Jornal de Notícias. O modelo, designado PAYT (Pay as you throw – Paga o que produzes) já foi implementado com sucesso em algumas zonas da cidade e no centro histórico, mas agora vai ser alargado de forma faseada.
O alargamento do PAYT vai acontecer ao mesmo tempo em que é implementado o novo sistema de recolha de biorresíduos. Até 2024, todos os municípios do país vão ter que passar a recolher biorresíduos, mas Guimarães começa já este ano a implementar o plano de recolha.
Segundo o JN, na prática, com o PAYT, os vimarenses vão deixar de pagar a tarifa do lixo na fatura de água e saneamento, passando a comprar sacos próprios de resíduos indiferenciados que já têm a tarifa indexada” Estes sacos são vendidos pela Câmara e passa a ser proibida a utilização de outros sacos para resíduos indiferenciados. Os resíduos que forem separados para reciclagem são colocados no ecoponto e não pagam taxa.
“Passamos a ter o utilizador responsável pela quantidade de resíduos que produz. Quanto mais separar, menos paga”, disse Sofia Ferreira, vereadora do Ambiente da Câmara de Guimarães. O processo começa a ser implementado este ano numa área correspondente a 34% da população concelhia. Em 2024, terá 58% da população abrangida, em 2026 vai ter 75% e, em 2028, todo o concelho terá o sistema a funcionar.
Segundo Sofia Ferreira, “o novo sistema vai ser acompanhado de maior fiscalização, de forma a evitar que sejam usados sacos proibidos, e serão aplicadas coimas aos incumpridores”. No entanto, a estratégia principal “tem que passar pela sensibilização ambiental”, pois a Câmara “não pode ter um fiscal à porta de cada cidadão”, declara.