O Município do Porto acaba de lançar um Guia de apresentação do Ambiente na cidade. De acordo com este município, o documento partilha um “ponto de situação” sobre a estratégia que está a ser seguida na cidade e quais as metas que ambiciona atingir no futuro próximo.
Em 28 páginas, este documento traça um breve retrato do Ambiente no Porto, apresentando as medidas tomadas e os seus resultados em diversas áreas: “promover a transição da cidade para uma economia cada vez mais circular”; “inspirar-se na natureza para planear e gerir território”; “adaptar-se às alterações climáticas e proteger” e “valorizar o património natural”, lê-se no comunicado do município.
A Estratégia do Município para o Ambiente consolida-se através da participação ativa em vários projetos e na concretização de planos de ação. Até agora, o Porto já “reduziu a emissão de dióxido de carbono em 36%”, resultado da “descarbonização da produção energética e de várias medidas implementadas a nível local, como a iluminação pública 100% LED”, ou a “existência de uma frota municipal com 70% dos veículos elétricos”, refere o mesmo comunicado.
Além disso, em 2020, a Câmara do Porto mantém ativas as “52 medidas assinaladas na Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas”, onde se integram a “promoção de medidas bioclimáticas”, como a instalação de coberturas ajardinadas, refere o município. Estão em curso no Porto vários projetos desta natureza, como a cobertura verde da EB1 de Falcão, o Terminal Intermodal de Campanhã, o edifício da Empresa Municipal de Ambiente, entre outros.
Também, o projeto FUN Porto – Florestas Urbanas Nativas do Porto mantém a “produção certificada de árvores e arbustos nativos para plantação” na rede de BioSpots (junto a nós viários e linhas de tráfego) ou a “oferta de árvores a munícipes com quintais ou jardins privados”. Entre 2014 e 2019, segundo a Câmara do Porto, foram produzidos no Viveiro Municipal 75 mil árvores e arbustos autóctones.
O Porto está ainda envolvido em vários projetos internacionais, entre os quais o “Cities and Circular Economy for Food”, a partir do convite da Fundação Ellen MacArthur, que pretende desenvolver no Porto um sistema circular de alimentos, sendo que 780 hotéis, restaurantes, cantinas e cafés do Porto separam já os resíduos orgânicos para compostagem.
Do mesmo modo, o município continua associado a projetos europeus, com especial impacto na zona oriental da cidade, como é o caso do “URBiNAT- Urban Innovative and Inclusive Nature” (financiado pelo H2020) e do “myBUILDINGisGREEN”, projetos de soluções baseadas na natureza com o intuito de promover a biodiversidade, respeitar o ciclo natural da água, armazenar carbono, valorizar os solos, reduzir o consumo de energia e tornar a cidade melhor para todos. O Porto conta já com 35.170 m2 de áreas ribeirinhas reabilitadas, 13 hortas urbanas na cidade, e uma área de quatro hectares e 4.550.000 m2 de espaço verde de acesso público.
Também o desenvolvimento do Plano de Ação “Menos plásticos, mais Porto”, com o objetivo claro de definir medidas progressivas para a redução ou eliminação dos plásticos de uso único nas entidades da esfera municipal, assim como a aposta contínua na dinamização de atividades de educação ambiental nos cinco centros vocacionados para a comunidade escolar, integram o leque de iniciativas, refere o município.
O Porto garantiu ainda a entrega para reciclagem de 31.386 toneladas de resíduos. Entregou ainda à Lipor cerca de 6.950 toneladas de resíduos orgânicos para a produção de fertilizante através de compostagem.
Estes e outros resultados podem ser consultados no breve Guia do Ambiente. Trata-se de um documento de apresentação do Ambiente na cidade, relativo ao ano de 2020, disponível em português e também em inglês