Grupo Municipal do PAN insta Lisboa a declarar estado de emergência climática
O Grupo Municipal do PAN propôs ontem, à Assembleia Municipal de Lisboa, a realização de um debate da atualidade sobre o tema “Emergência Climática – A necessidade de um novo paradigma”, onde vai instar a autarquia a declarar o estado de emergência climática ao nível local. O debate terá lugar no dia 28 de maio. O objetivo deste debate é instar o poder local a reconhecer o estado de emergência climática em que vivemos e apelar para que o município de Lisboa se comprometa a fazer desta questão uma prioridade.
De acordo com o Relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos (IPBES), publicado recentemente pelas Nações Unidas, a situação atual do planeta encontra-se num nível “sem precedentes” na história da humanidade: das oito milhões de espécies existentes, existem cerca de um milhão de espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção no Planeta.
“As alterações climáticas são uma realidade e são o resultado desastroso e irreversível das ações humanas. É inevitável que, para além da perda da biodiversidade, a nossa qualidade de vida na terra não seja afetada. Resta-nos definir, enquanto eleitos e eleitas, quais as políticas municipais a adotar para combater os efeitos que daí decorrem. Este é um tema que não podemos deixar para depois. Temos que agir agora!”, afirma a deputada municipal do PAN Inês de Sousa Real.
Na passada semana, na Assembleia da República, o PAN instou o governo a declarar estado de emergência climática, através de uma iniciativa legislativa que pretende que, à semelhança da decisão já tomada pelo Parlamento Britânico, seja declarado em Portugal o estado de emergência climática e que o governo se comprometa com ações necessárias e firmes para alcançar a neutralidade carbónica.
De relembrar ainda que, na Assembleia Municipal de Lisboa, o Grupo Municipal do PAN já apresentou, neste mandato, cerca de 20 iniciativas relacionadas com ambiente e alterações climáticas, incluindo propostas e requerimentos sobre mobilidade suave, redução do uso de plásticos, economia circular, recursos hídricos, abate de árvores ou poluição das ruas com resíduos de cigarros, para citar alguns exemplos.