O Grupo Altri, através da sua participada Sociedade Bioelétrica do Mondego, S.A. (“SBM”), e o Banco BPI, S.A. (“BPI”) acabam de anunciar em comunicado a primeira emissão obrigacionista “verde” admitida à negociação em Portugal no mercado não regulamentado Euronext Access Lisbon.
A Emissão, no montante de 50 M€, foi integralmente organizada, montada e subscrita pelo BPI, e destinar-se-á a financiar os investimentos da SBM na construção de uma nova central termoelétrica a biomassa na Figueira da Foz.
Este investimento da SBM contribuirá para a “diversificação das fontes energéticas do Grupo Altri e insere-se na estratégia definida para a política energética nacional, através da construção de uma central de produção de eletricidade a partir de fontes não convencionais (designadamente, a valorização energética de biomassa florestal), com a potência térmica de 135 MWt, à qual corresponde a produção líquida de eletricidade de 34,5 MWe para venda à rede do Sistema Elétrico Público (SEP)”, lê-se no comunicado.
De acordo com a empresa, a central a biomassa irá contribuir para a prossecução de uma política estruturante no campo energético, que permitirá diminuir a dependência externa e o efeito de estufa resultante da utilização de combustíveis fósseis. A utilização de biomassa florestal, por outro lado, além de contribuir para a criação de emprego e para o ordenamento da floresta, permite reduzir os riscos de incêndio, promovendo um ambiente de produção de energia limpa e renovável, reforçando assim o compromisso de sustentabilidade do Grupo Altri.
A Emissão alinha-se com as condições estabelecidas pelos Princípios de Obrigações Verdes (“Green Bond Principles”) publicados pela International Capital Market Association, tendo obtido uma Second Party Opinion (“SPO”) positiva da empresa de ratings ESG e de research independente especializada Sustainalytics.
Enquanto organizador e subscritor desta emissão, o BPI contribui com uma solução de financiamento estruturado e sustentável, reforçando o seu papel de financiador de referência das empresas portuguesas através da adoção de soluções inovadoras.