A AdP – Águas de Portugal aprovou, em Assembleia Geral, as contas consolidadas de 2017, onde se destacam a diminuição do endividamento e a redução do défice tarifário, bem como o aumento do investimento, volume de negócios e resultado líquido.
No desempenho operacional de 2017, do Grupo AdP, realça-se o aumento de 36% do investimento, que ascendeu a 95 milhões de euros, mais 25 milhões de euros do que no ano anterior. Para este incremento contribuiu a construção de infraestruturas essenciais para garantir a melhoria dos níveis de qualidade dos efluentes tratados, nomeadamente no Algarve, com as empreitadas da nova ETAR da Companheira, em Portimão, inaugurada no início de abril de 2017, e da ETAR de Faro-Olhão, que estará concluída em 2018.
A construção do novo sistema de abastecimento de água de Magra, no Alentejo, e a remodelação da ETA do Vale da Pedra, infraestruturas com forte impacto na garantia do abastecimento e da qualidade da água nas regiões do Alentejo e da grande Lisboa respetivamente, contabilizam-se igualmente nos investimentos mais avultados do Grupo AdP.
No quadro de seca extrema que assolou o país em 2017, o Grupo AdP disponibilizou competências, equipas e meios técnicos contribuindo para que não houvesse faltas de abastecimento de água, destacando-se, neste âmbito, as operações das empresas do Grupo nas regiões do Alentejo, Beira Interior e Norte.
No que respeita aos indicadores económico-financeiros, destacam-se o resultado líquido de 88,6 milhões de euros, mais 17,8 milhões de euros face a 2016, o crescimento do volume de negócios em 3%, atingindo 626,8 milhões de euro, e a melhoria do EBITDA em 3%, para um valor de 316,5 milhões de euro, mais 10 milhões de euro que no ano anterior.
O decréscimo do défice tarifário do ano, em 66%, e a estabilização da dívida global de clientes são indicadores relevantes do exercício consolidado de 2017 do Grupo AdP, no qual se destaca também a otimização e integração da gestão de tesouraria e financiamento, que permitiu a redução do endividamento bruto em 308 milhões de euros (-13%) e a redução dos gastos financeiros em mais de 10%.
João Nuno Mendes, presidente do Grupo AdP, sublinha a importância dos investimentos, quer na construção de novas infraestruturas quer na reabilitação, que representou cerca de 41% do investimento em infraestruturas de 2017. “Os investimentos em execução são estruturantes para o setor do saneamento de águas residuais, sustentam a qualidade e a resiliência de fornecimento de água e reforçam as redes em baixa operadas pelo Grupo AdP. Destaco o trabalho extraordinário das equipas das diversas empresas do Grupo AdP para que não houvesse faltas de abastecimento de água nas regiões afetadas pela seca”, destaca.