O movimento Greenpeace advertiu para o risco que implica a energia nuclear e para o “perigo desnecessário” de manter centrais nucleares mais de 15 anos, avançou a Lusa.
Coincidindo com o 8.º aniversário do acidente nuclear na central de Fukushima, que se assinala hoje, o movimento Greenpeace disse em comunicado que os acidentes nucleares são “uma realidade” que afeta “dura e injustamente” a sociedade.
A responsável da Greenpeace pela campanha Nuclear, Raquel Montón, lamentou na nota informativa que Espanha esteja “a fechar um acordo com as empresas de energia elétrica que manterá em risco as suas velhas centrais nucleares por 15 anos, sem contar com a participação pública”.
No comunicado, o movimento Greenpeace refere que vai participar em diversos eventos relacionados com a data em que se assinala o acidente nuclear de Fukushima, pelo oitavo ano, os quais decorrerão nas cidades de Tarragona, Pamplona e de Madrid.
Na ausência de um diálogo social sobre o “apagão nuclear”, a organização lembra os critérios subjacentes ao encerramento de centrais nucleares e menciona, entre eles, que “a segurança deve ser o objetivo prioritário”. “Os regulamentos e protocolos de segurança devem ser respeitados e todos aqueles que foram modificados sem melhorar a segurança devem ser restabelecidos”, salienta-se no comunicado.
A Greenpeace refere-se também a uma nova investigação da organização efetuada a Fukushima que revela que “o governo japonês está deliberadamente a confundir as organizações de direitos humanos das Nações Unidas e os especialistas sobre a atual crise nuclear” nas áreas afetadas pelo acidente.
A investigação dá ainda conta de “altos níveis de radiações nas duas zonas de exclusão e em áreas abertas, mesmo depois dos enormes esforços de descontaminação”.