Grande parte do território da Guiné-Bissau poderá ficar submerso com “uma pequena subida” das águas do mar, disse à agência Lusa, Viriato Cassamá, especialista guineense que vai participar na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas.
“Com uma pequena subida do nível médio das águas do mar, que poderá ser causada pelo aumento da temperatura, grande parte do território da Guiné-Bissau desaparecerá”, advertiu Viriato Cassamá.
Enquanto responsável pela luta contra às alterações climáticas, Viriato Cassamá tem sensibilizado os políticos guineenses sobre a necessidade de serem adotadas “medidas robustas” que considera urgentes. As regiões do norte e leste do país, bem como toda zona costeira já começam a sentir os efeitos de alterações climáticas, nomeadamente com aumento da temperatura, ventos fortes e erosão costeira. Segundo o especialista, um relatório mundial de 2013 indica que a Guiné-Bissau é o segundo país mais vulnerável do mundo a seguir ao Bangladesh.
A COP21, que decorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro, vai reunir em Paris pelo menos 147 chefes de Estado e de Governo, entre os representantes de 195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa que permita limitar o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial.