O Governo vai pagar a proprietários que optem por uma floresta resiliente e aos municípios com territórios que prestem serviços de ecossistema, anuciou o ministro do Ambiente.
Segundo a Lusa, a medida, que ainda está a ser trabalhada juntamente com “a maior parte das universidades portuguesas” e que estará definida em setembro, pretende pagar a proprietários e municípios que contribuam com serviços de ecossistemas (como biodiversidade, floresta, água ou solo), afirmou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
Dando um exemplo sobre como é que poderá surgir essa remuneração, o ministro do Ambiente referiu que pode haver transferência direta de dinheiro para proprietários que optem por uma floresta resiliente, ao contribuírem para o capital natural do país.
Na dimensão dos municípios, serão transferidas e incorporadas “competências nos municípios”, com fatores “que privilegiem exatamente esses territórios com maior capital natural”, vincou.
Segundo João Pedro Matos Fernandes, a ideia de pagar pelos serviços de ecossistema prestados vai arrancar com dois projetos piloto no país, na Serra do Açor e no Parque Natural do Tejo Internacional.
“É fundamental remunerar os serviços de ecossistemas que são prestados”, realçou, considerando que a presença de pessoas é importante não apenas “para a noção primeira de abandono, mas para uma segunda, que é a perda do próprio capital natural, que justifica e sustenta um conjunto de atividades do país”.