O governo são-tomense considera que o país tem água “suficiente para satisfazer todas as necessidades da população”, estimada em pouco mais de 190 mil habitantes, mas apenas em 2030 toda a população terá acesso a água potável.
“O grande problema está na desproporção entre os potenciais consumidores e a origem, isto é, a zona de maior recurso hídrico corresponde a zona de menor densidade populacional e vice-versa”, disse o diretor-geral dos recursos naturais e energia, Gilmar Ramos.
Segundo o executivo são-tomense, para abastecer as populações das zonas mais populosas com água potável, é “necessário construir estruturas adequadas, sobretudo a execução de canalizações muito longas e de custos muito elevados”. Atualmente, Gilmar Ramos salienta que “o país não dispõe de meios financeiros para suportar” estes custos.
“A população está crescendo de uma maneira muito assustadora e torna-se necessário acompanhar esta evolução com a dotação de novas estruturas”, sublinha Gilmar Ramos.
De acordo com a Lusa, nos últimos cinco a sete anos foram executados vários projetos de abastecimento de água, financiados pelos governos dos Estados Unidos, África do Sul, Taiwan e Banco Africano de Desenvolvimento. Todos esses projetos estão avaliados globalmente em mais de 10 milhões de euros, mas os resultados ainda não corresponderam as expetativas.