Esta novidade foi partilhada pelo Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, durante a abertura do SENAG (Seminário Nacional de Abastecimento de Água), no qual não pôde estar fisicamente presente, mas deixou algumas palavras através de uma intervenção pré-gravada.
A revisão da Convenção de Albufeira aconteceu esta semana, “para garantir os caudais ecológicos dos rios Tejo e Guadiana”, numa “decisão difícil, que muita gente considerava impossível de conseguir”. Emídio congratulou-se com a “boa vontade de ambas as partes” e reforçou que eventos como o SENAG são “extremamente pertinentes”.
Além deste ponto, o Secretário de Estado do Ambiente reforçou a importância de revisitar o Plano Nacional da Água: “precisamos de prever novas origens de água, a utilização de águas residuais tratadas para a rega e para agricultura, lavagem de pavimentos, as novas origens nas dessalinizadoras, a construção de novas barragens para a manutenção e reserva de água, com muita prudência, porque sabemos que a construção de barragens tem grandes impactos ambientais, e a eficiência dos sistemas, pois temos vindo a descurar o investimento na manutenção das infraestruturas e, hoje, há muitos sistemas onde a obsolescência das infraestruturas leva a perdas de água muito significativas”.
“Se reduzirmos e otimizarmos as perdas, a água pode ser ainda mais barata”
Para o deputado, tudo o que sejam perdas de água acima de 20% é mau, sendo que o ideal seriam perdas inferiores a 15% – e esta questão das perdas “obriga-nos a investir permanentemente nos sistemas de abastecimento”.
Todavia, “não é aceitável que não se faça uma renovação das infraestruturas durante 20, 30, 40 anos, na expectativa que tudo continue a funcionar”, frisou Emídio Sousa.
O SENAG, organizado pela APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem das Águas), decorre durante os dias 2 e 3 de outubro, no Hotel dos Templários, em Tomar. A Ambiente Magazine é media partner deste evento.
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