As cidades inteligentes e a sua importância para os territórios foram uma constante ao longo do discurso de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, no decorrer da sessão de abertura do Portugal Smart Cities Summit 2022.
A ministra assegurou, esta terça-feira, 11 de outubro, que o objetivo do Governo é o de levar o conceito “smart” a todo o território nacional. “Não é apenas para dar resposta a novas modas ou novos conceitos que muitas das vezes se impõem: é, sim, uma necessidade”, vincou.
Para Ana Abrunhosa, a cidade inteligente é um espaço que “não se limita à dimensão urbana”, mas que, “a partir dos centros urbanos”, se pode “reforçar a articulação de territórios”, assegurando a “interligação entre o urbano e o rural”, garantindo a “previsão inovadora de políticas, formas mais acessíveis e flexíveis de mobilidade”, além de “formas mais simples, inclusivas e coesas no acesso à informação”. A cidade inteligente é também uma “cidade que não se foca na dimensão tecnológica”, mas sim na “qualidade de vida dos seus cidadãos”, sendo a tecnologia apenas um meio. Além disso, também “cria pontes, integra, partilha, é inclusiva”, sendo “mais eficiente, mais eficaz e mais sustentável”, estando “mais próxima dos cidadãos, cria condições para o talento, aproveita o potencial do seu território para reter conhecimento, atrair investimento, fixar e atrair população”. Em suma, “inteligência nos territórios significa territórios mais sustentáveis, mais com menos recursos, mais consequentes, solidários, inclusivos e próximos com menos esforço, menos água, menos energia, menos emissões e menos recursos”, frisa.
A ministra da Coesão Territorial lembrou ainda aquela que tem sido a atuação do Governo em prol das cidades inteligentes: “No Portugal 2020, demos prioridade aos apoios no que respeita à mobilidade sustentável”, destinando “600 milhões de euros” para a descarbonização, inclusive na mobilidade urbana sustentável: “Num futuro em que temos de ter cidades inteligentes, as prioridades que daremos serão na continuidade destes investimentos”, assegura. E, nesta ótica, Ana Abrunhosa assegura que não haverá apoios para equipamentos ou projetos que não sejam energeticamente eficientes: “Seremos mais exigentes nos projetos que terão de garantir a sustentabilidade ambiental, pois esta é uma mudança de paradigma que vai ao encontro da necessidade de termos cidades inteligentes e de financiar atividades e ações que contribuem para este objetivo”.
Como nota final, a ministra não deixou de destacar aquele que tem sido o papel das autarquias em prol do conceito de cidade inteligente: “Têm dado muitas provas das suas capacidades”.
Entre os dias 11 e 13 de outubro, a FIL – Feira Internacional de Lisboa volta a ser palco de mais uma edição do Portugal Smart Cities Summit. Em três dias de evento, são muitas as empresas, municípios, instituições de ensino e startups que querem aproveitar a oportunidade de partilhar, apresentar e divulgar tudo sobre smart cities.