João Galamba, secretário de Estado da Energia, disse que era objetivo do Governo, no âmbito da descarbonização, criar um “quadro de incentivos de natureza financeira e fiscal” que faça com que a “indústria portuguesa” com enfoque na (indústria) eletrointensiva, seja aliada na transição e que façam os investimentos necessários: “Queremos fazer um pacote integrado que facilite à adoção por parte das empresas a este tipo de soluções”. Assim, não é intenção do Governo criar um política isolada para os PPAs: “Serão apenas um dos elementos desse pacote”, disse.
O secretário de Estado de Energia falou na sessão de encerramento do webinar “Energia renovável para empresas em Portugal: Porquê e como?” promovido, esta quinta-feira, pela ACCIONA em conjunto com a APREN (Associação Portuguesa de Energias Renováveis). A moderação de toda a conferência ficou ao cargo de Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN.
João Galamba disse que era, igualmente, intenção do Governo trabalhar nesse quadro ao longo do ano 2021: “Estamos empenhados em criar um quadro robusto e vasto que alinhe os incentivos europeus e do Estado português do ponto de vista dos seus objetivos principais de política energética com a tomada de decisões, nomeadamente, o investimento por parte das empresas”. Com esta ambição, Galamba reforça que o grande o objetivo é “acelerar significativamente o investimento” e a “adoção de renováveis”. E visto que, cada vez mais, as políticas climáticas e energéticas são transversais ao Governo, o secretário de Estado da Energia não tem dúvidas: “A política fiscal, a política de investimentos e a política regulatória e enquadramento legal são ingredientes chave para o sucesso da estratégia”, requerendo, necessariamente, a “articulação entre as diversas áreas governativas”.