Governo poupa EDP e REN ao fim dos limites de voto
O Governo poupou os acionistas da EDP e da REN ao não estender a todas as empresas cotadas o diploma que facilita o fim dos limites de votos nas empresas. O regime aprovado pelo Govenro visa apenas os bancos, excluindo as caixas económicas e as caixas agrícolas. Mas acabou por não vingar, também, a visão de quem queria que estas disposições estivessem inscritas no Código de Valores Mobiliários, logo apanhando todas as cotadas, refere o Negócios.
Ao deixar de fora as sociedades não financeiras, o Governo poupa, em particular, a EDP e a REN. Ambas têm direitos de voto limitados a 25%. No caso da EDP, a China Three Gorges tem 21,35% do capital, podendo assim votar com todas as suas ações. E na REN os dois acionistas estratégicos que entraram na empresa de redes energéticas têm 25%, no caso da chinesa State Grid, e 15%, no caso da Oman Oil. Entretanto entrou no capital da REN a Fidelidade, atualmente detida pela Fosun, que ficou com 5,3%.
O que significa que são os dois acionistas chineses, respetivamente a China Three Gorges e a State Grid, que exercem o controlo efetivo das empresas e, com isso, limitam a possibilidade de ofertas públicas de aquisições.