Os níveis de captura da sardinha devem manter-se em 2016 nas 19 mil toneladas, depois dos dados recolhidos na última campanha científica realizada indiciarem uma recuperação da espécie, segundo uma nota do ministério do Mar.
“Os resultados da campanha científica realizada em dezembro revelam uma recuperação da biomassa e dos índices de recrutamento nas águas portuguesas”, refere a mesma nota, acrescentando que os níveis de captura para 2016 deverão ser equivalentes ao do ano anterior.
“Ficou acordado com Espanha e aceite pela Comissão Europeia, uma gestão responsável que passa por um limite de capturas de 10.000 toneladas até julho, ao mesmo tempo que se intensificam as campanhas científicas para monitorização e avaliação da biomassa”, adianta o ministério do Mar, salientando que o estado do recurso vai ser avaliado ao longo do ano e que é expectável atingir as 19.000 toneladas até ao final do ano.
Até julho, os serviços do Ministério do Mar responsáveis pela administração pesqueira vão estabelecer as medidas adequadas com o setor, no âmbito da Comissão de Acompanhamento da Sardinha.
A quota da sardinha ibérica é gerida em conjunto por Portugal e Espanha. Em 2015, as capturas dos dois países atingiram 19.000 toneladas, das quais 13.000 foram capturadas pela frota portuguesa de cerco.
Em julho de 2015, o ICES (Conselho Internacional para a Exploração do Mar), o organismo científico de aconselhamento da Comissão Europeia, propôs um limite de capturas entre um mínimo de 1.587 toneladas e um máximo de 14.000 toneladas para os dois países.
Portugal e Espanha vão agora solicitar formalmente uma reavaliação deste parecer face aos novos dados científicos recolhidos pela investigação, “mantendo a orientação de atingir um total de captura de sardinha que respeite a sustentabilidade do recurso”.