O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural disponibilizou mais de 4,5 milhões de euros para a recuperação das infraestruturas afetadas pelos incêndios na serra de Monchique, em Faro, bem como para o controlo da erosão, refere a Lusa.
“Seguiu já para publicação o aviso de abertura das medidas de estabilização de emergência do território afetado pelo incêndio que ocorreu este mês na serra de Monchique. Trata-se de um montante global que ultrapassa os 4,5 milhões de euros para apoiar as ações a implementar na região”, disse, em comunicado, o ministério liderado por Capoulas Santos.
De acordo com o Governo, “serão apoiadas ações de recuperação das infraestruturas afetadas, designadamente pontos de água, de controlo da erosão, de tratamento e proteção de encostas, de prevenção da contaminação e assoreamento das linhas de água e da sua recuperação, e ainda ações de combate à perda de biodiversidade”.
O montante total alocado será distribuído pelos concelhos de Monchique, Odemira, Portimão e Silves, que foram afetados pelo incêndio.
Podem candidatar-se a esta medida, que se integra no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, autarquias ou outras entidades públicas, produtores, organizações de produtores e associações de produtores, tais como Zonas de Intervenção Florestal.
As candidaturas iniciam-se na quinta-feira e prolongam-se até 30 de setembro.
A 22 de agosto, o Governo anunciou a abertura de candidaturas, até ao final de setembro, para apoiar com cinco milhões de euros os agricultores afetados pelos incêndios de Monchique, Portimão e Odemira, visando a reposição de animais e culturas.
Em comunicado, o Ministério da Agricultura explicou, na altura, que, ao todo, estão disponíveis cinco milhões de euros “para dar resposta a prejuízos de agricultores das freguesias afetadas pelo incêndio”, visando assim “a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio à atividade agrícola”.
O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado no dia 10 de agosto, deflagrou no dia 3 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).