Governador de Luanda diz que novo modelo de recolha de lixo depende da população
O governador de Luanda defende que o sucesso do novo modelo de limpeza para a capital angolana, que se inicia no próximo dia 1 de Agosto, depende do compromisso da população e não dos recursos financeiros disponíveis.
O governador de Luanda defende que o sucesso do novo modelo de limpeza para a capital angolana, que se inicia no próximo dia 1 de Agosto, depende do compromisso da população e não dos recursos financeiros disponíveis. Graciano Domingos discursava numa reunião com administradores municipais e directores provinciais para abordar a execução do novo modelo municipal de limpeza na província de Luanda, apelando à coragem e criatividade dos intervenientes, como administradores e moradores neste processo.
“Desejo a todos os que ficarem envolvidos nesse modelo de coragem e criatividade na sua implementação que, quanto a nós, constitui a via acertada para uma Luanda limpa, não pelos recursos financeiros disponíveis, mas pelo compromisso da sua população com o asseio e higiene”, disse Graciano Domingos.
“Nesta fase de passagem do modelo centralizado no GPL para um modelo de limpeza municipal desconcentrado as administrações municipais e de centralidades terão de reforçar e melhorar os serviços de fiscalização, dialogar com os moradores e comissões de moradores, punindo os que colocam em risco o saneamento do meio”, frisou.
Por outro lado, os municípios terão de rapidamente diferenciar o lixo doméstico do lixo resultante do exercício das actividades comerciais, que devem comparticipar nos encargos de limpeza. Em 2014, um diagnóstico do Ministério do Ambiente de Angola dava conta que em Angola cada pessoa produz diariamente quatro quilogramas de lixo, enquanto Luanda tinha uma produção anual de 1,3 milhões de toneladas, admitindo-se o aumento até 2025 na ordem dos 146%. Na capital angolana habitam, de acordo com dados do Recenseamento Geral da População e da Habitação, 6,5 milhões de pessoas.