Os grandes glaciares da Antártida, no Polo Sul, estão a perder espessura ao ritmo de 7 metros por ano, noticia o Correio da Manhã.
Segundo os dados mais recentes, resultado de observação por satélite ao longo dos últimos 25 anos, o degelo nesta região está cada vez mais acentuado, o que faz aumentar o nível médio do mar em todo o planeta, em 4 milímetros por ano.
“A temperatura média global aumentou um grau face ao período pré-Revolução Industrial, em 1750. Parece pouco, mas já tem todas as implicações que se conhecem. Se aumentar mais dois graus até ao final deste século, o degelo na Gronelândia será irreversível e vai afetar a Antártida de forma a que o nível do mar aumente um metro”, explicou Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas da Universidade de Lisboa.
Os registos dos satélites das agências espaciais europeia e norte-americana permitiram também concluir que a fusão já não afeta só a parte costeira da Antártida. Segundo o relatório feito pelo Centro de Observação e Monitorização Polar, de Inglaterra, chega a atingir zonas no interior a cerca de 15 quilómetros.