O GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) destaca, em comunicado, o reconhecimento do Governo relativamente à Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) a propósito do novo aeroporto de Lisboa. Tal reconhecimento foi tido em conta pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, aquando da audição no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).
“São boas notícias! E, finalmente, o reconhecimento pelo Governo de algo que o GEOTA e muitas outras entidades defendem há vários anos”, lê-se no comunicado da associação, enviado à comunicação social.
De acordo com GEOTA, a AAE é a ferramenta adequada para dar resposta a um conjunto de questões prévias a qualquer decisão. É essencial uma adequada justificação do projeto, análise de estratégias e alternativas: “não apenas alternativas de localização do aeroporto, mas também alternativas de transporte (designadamente a ferrovia) e alternativas sem deslocação (como o teletrabalho)”. Quanto ao turismo em Lisboa, o GEOTA declara que “há que discutir seriamente que vivência e turismo queremos na cidade”.
Mas para além de ser a ferramenta adequada, a AAE é uma “obrigação legal” ao abrigo do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, sustenta a associação.
Como alternativa imediata ao Montijo, o GEOTA defende “estudar a utilização do atual aeroporto de Beja, com boas condições operacionais”, em conjugação com uma “ligação ferroviária rápida a Lisboa”. Para o GEOTA, trata-se de uma “solução Portela+1, certamente mais económica, e permitindo investimento no interior alentejano, contribuindo para a coesão territorial”.